Desatar os nós dos pontos
É desnecessário repetir a realidade que mostra artimanhas relacionadas à pandemia
Das lições da pandemia de Covid-19, uma fica evidente a cada informação que nos chega: na cúpula brasileira 'ninguém dá ponto sem nó' mesmo durante tragédias. A constatação revoltante é de que aproveitadores incentivam o 'quanto pior melhor' para embolsar dinheiro público destinado às vítimas.
É desnecessário repetir a realidade que mostra artimanhas relacionadas à pandemia. Por exemplo: hospitais que declaram a 'causa mortis', nos atestados de óbitos, como sendo de Covid-19 quando comprovadamente o paciente morreu por outra causa. Haveria casos em que a própria família aceita essa prática fraudulenta, porque vítimas de Covid-19 são desobrigadas de despesas com o funeral. Isto resultaria em aumentar a contagem de casos para justificar gatos extras em compras vultosas sem concorrência, e 'outras coisas mais'. De maneira oposta, mortes por coronavírus seriam 'encobertas' com o interesse de reduzir a estatística de vítimas fatais, para evitar quarentena cerrada nos municípios em que o 'comércio tem força'.
Na terça-feira (23), o Senado aprovou o adiamento das eleições municipais de 4 de outubro para 15 de novembro, sem abrir mão das 'necessárias restrições' de isolamento social. Na prática, seis semanas a mais é quase nada dentro do que se prevê para o Brasil por muito tempo. Então por que adiar a votação?! Se desatarmos o 'nó' com certeza teremos a resposta.
Uma das causas é não haver 'clima' nem incentivo para surgimento, ou recrutamento, de novas lideranças que poderiam combater a velha rapinagem de esquemas viciados e impedir novas mazelas. Só os acostumados com a prática têm 'as manhas' para encarar o 'jogo'.
O 'outro lado' também se movimenta. A novidade é a 'hipótese' de que o ex-ministro Abraham Weintraub, agora como diretor-executivo do Banco Mundial, teria até 'acesso fácil às eventuais contas de brasileiros no exterior'. Pode ser mais uma 'abobrinha', mas que sugere um 'nó duplo', sugere.
É a nossa opinião.
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