Até os mais experimentados estudiosos da política declaram-se surpresos com os atuais lances do comportamento dos ditos 'representantes do povo', segundo registram as notícias que a todo momento nos chegam trazidas pelos informativos costumeiros. A mais recente, mostra-nos o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a chamar abertamente imigrantes ilegais daquele país de 'animais', num rasgado sentimento de indiferença à causa desses infelizes, e de desrespeito à dignidade humana.

Tivemos algo semelhante na pré-campanha da Capital ('Bandido bom, é bandido morto') a mostrar que este ano a caça ao voto será radicalmente agressiva, mas até para os excessos é preciso um mínimo de racionalidade. Melhor evitar que o caldo seja entornado de vez.

Outro fato não menos preocupante, foi um complicado acerto do governo brasileiro ao concordar com a dotação de R$ 8,2 bilhões, sem controle (!), para o Ministério da Saúde. O acordo manteve na pasta a ministra Nísia Trindade, do chamado 'Centrão', conforme levantamento recente da grande imprensa.

Num discurso inflamado, na sessão desta semana (4) do Legislativo Jacareiense, o pré-candidato do PSD à prefeitura, Doutor Rodrigo Salomon, fez críticas duras ao atendimento da UBS de Jacareí que, segundo ele, demora cinco horas para fornecer um hemograma, contra 15 minutos do mesmo atendimento em São José dos Campos.

Saúde será alvo principal e Jacareí não foge à regra. A tônica da campanha municipal a prefeito e vereadores será pesada; o 'desmonte' do adversário será a tônica dos discursos e apelos publicitários. É lamentável que diante da iminência de uma corrida eleitoral voltada à 'desconstrução' do concorrente não haja senso de amor à comunidade que leve a um esforço ao menos positivista.

Seria infantilidade esperar que os principais concorrentes se unissem em torno da ideia do 'junto seremos mais fortes', porém, nada impede que cada apresente o lado humano, prático e funcional de cada proposta oferecida. Chega de baixaria!

É a nossa opinião.