As democracias do presente momento mostram-se bastante doentes (para dizer o mínimo), permitindo a ascensão do autoritarismo em algumas nações, algo que já ocorreu no passado. Foi justamente na fragilidade das democracias ocidentais do século passado que permitiu vermos a ascensão ao poder de ditadores como Benito Mussolini, na Itália, e Adolf Hitler, na Alemanha.

A história se repete. Atualmente temos ditadores disfarçados de democratas em países como Rússia e Venezuela, teimosamente permanecendo no poder 'eleição' após 'eleição'. Diversos outros países foram classificados como 'democracias relativas' (muitos ao restringirem drasticamente liberdades e perseguirem opositores políticos), em uma nova rota rumo ao autoritarismo.

O declínio do liberalismo e do parlamentarismo no final dos anos 1920 serviu de plataforma para líderes totalitários como Adolf Hitler e Josef Stalin desprezarem publicamente as democracias ocidentais, com algo que voltamos a ouvir da boca de Vladimir Putin nos dias de hoje.

Segundo o relatório de 2022 da Global State of Democracy, - que mede a saúde das democracias pelo mundo através da International IDEA -, metade das democracias do globo estão em recuo, e metade dos países não democráticos já aumentaram suas ações repressivas.

Infelizmente não é de hoje que fica bem claro que a História se repete. A humanidade viveu e viverá ainda muitas repetições de eventos bélicos, uns mais parecidos do que outros, em sua longa jornada. Vamos torcer (ou rezar) diante de tudo a que assistimos todos os dias, para que não estejamos novamente a caminho de uma nova guerra mundial (seria, com certeza, uma tragédia incalculável).

Unida num trabalho nunca antes executado, a humanidade precisa acordar depressa para a tarefa única e insubstituível de seu auto salvamento: é levantar e fazer enquanto é tempo.

É a nossa opinião.

(Colaborou o escritor jacareiense Charles-Edouard Winandy, autor da série de livros 'Mundo em Guerra').