Quarta, 09 Outubro 2024

Metalúrgicos da GM de São José aprovam abertura de PDV

Geralassembleia

Metalúrgicos da GM de São José aprovam abertura de PDV

A proposta é resultado das negociações entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. 

Metalúrgicos da GM de São José dos Campos aprovaram, em assembleia nesta sexta-feira (1º). Foto- Roosevelt Cássio/Sindmetal/SJC
Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia nesta sexta-feira (1º), a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na fábrica. A proposta é resultado das negociações entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

A meta, segundo a montadora, é conseguir a adesão de 830 trabalhadores. O programa é aberto a todos que estão operando regularmente na fábrica ou que estejam em licença remunerada.

O PDV é uma alternativa às demissões realizadas em outubro pela GM e que foram canceladas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª. Região e Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A proposta aprovada nesta sexta-feira (01) estabelece:

- Para trabalhadores que tenham de um a seis anos de fábrica: seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil.

- Para trabalhadores que tenham sete anos ou mais de fábrica: cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil.

- O período de adesão é de 5 a 12 de dezembro.

- Para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada.

- Para quem não aderir, haverá estabilidade no emprego até 31 de maio de 2024.

- Em relação aos dias parados durante a greve, a proposta prevê a compensação de 50% até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção.

A fábrica de São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.

MEMÓRIA

Em outubro, a empresa demitiu 839 funcionários de São José dos Campos, 300 de São Caetano e 105 de Mogi das Cruzes, desrespeitando o acordo de layoff que garantia estabilidade para todos na fábrica. Os cortes resultaram na deflagração de uma greve unificada de 17 dias entre os metalúrgicos das três fábricas.

A paralisação só foi suspensa após o cancelamento das demissões e o pagamento dos dias parados.
 

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