Sexta, 22 Novembro 2024

Sindicato diz que ‘a escola particular vai entregar o que prometeu aos pais’

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Sindicato diz que ‘a escola particular vai entregar o que prometeu aos pais’

Presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, participou da live transmitida pela página oficial do Facebook e canal do Youtube do Diário de Jacareí

“Não vamos dar o ano como perdido”, reafirma Benjamin Ribeiro, presidente do Sieeesp, em live do Diário de Jacareí (Crédito: Reprodução/Facebook)

"Não vamos dar o ano perdido, não podemos fazer isso. A escola particular vai entregar o que prometeu aos pais. Elas vão cumprir o contrato", diz o presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, na live transmitida pela página oficial do Facebook e canal do Youtube do Diário de Jacareí, na noite da última segunda-feira (14).

Benjamin explicou que a o adiamento da retomada das aulas é um tema muito mais político do que da saúde. "Nosso País não se preocupa com a educação. Se ele se preocupasse, já teríamos voltado. Estão usando a educação e a própria pandemia como massa de manobra política". Ele esclarece que se o pai preferir, não será obrigado a fazer com que seu filho retorne à escola. "Nós entendemos os pais que têm medo e não querem mandar o filho para a aula presencial, mas temos que também abrir para quem quer levar o filho à escola".

Sobre a relação que o Sindicato tem com o Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares da Silva, Benjamin explica que é muito boa. "Ele é educador, não político, por isso sabe da necessidade da volta." Sobre o retorno às aulas presenciais no interior do Estado, o presidente do Sieeesp diz que 150 cidades já reabriram as escolas. "Houve uma certa resistência no início. Mas várias já retornaram. Sorocaba foi a primeira, mas já voltaram também Itu, Votorantim, Presidente Prudente etc."

Questionado sobre a ajuda do governo que aprovou um projeto de lei que permite a suspensão de pagamento de alguns tributos, Benjamin explica que essa ajuda, infelizmente, não vai chegar a tempo. "Quem tinha que quebrar, já quebrou. Vamos ter um fechamento de 30% a 50% de escolas que atendem crianças de zero a três anos". Mas garante que essa evasão é reversível. "Tenho 50 anos na educação e, assim que o pai se equilibrar financeiramente, ele volta. Quem se acostuma com a escola particular, acaba voltando."

Sobre o auxílio, Benjamin explica que será distribuído R$ 10 mil por escola e será liberado alguns tributos. "O mesmo benefício deverá ser dado em bolsas de estudos, então a despesa dobrará, não é tão vantajoso. O que mais imploramos foi por uma linha de crédito, mas não tivemos. As escolas menores não conseguem. Essas estão sendo as mais prejudicadas".

Ele explica que a maior dificuldade é sempre com as escolas menores com menos de 500 alunos. "Escolas bem organizadas, que tem mais de mil alunos, são só 7% de todo o Estado. Elas sim, conseguem o benefício e estão conseguindo fazer as aulas on-line. Mas, para se ter uma ideia, 80% das escolas particulares no Estado são escolas com menos de 500 alunos".

E sobre o que aprendemos com a pandemia, Benjamin cita o uso da tecnologia e o trabalho do professor. "Professor se reinventou, tecnologia é uma ajuda realmente".

Questionado sobre como as escolas devem atender os pais, o presidente do Sieeesp explica: "nós temos orientado as escolas a conversarem com as famílias, o momento é muito difícil. Principalmente para as escolas mais baratas que tem a margem de lucro muito pequena. Que combinem com a família de fazer o pagamento depois da pandemia, não fazer a troca de escola agora", finaliza. 

 

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