A Câmara Municipal adiou para a próxima quinta-feira (4) a discussão e votação dos cinco projetos inscritos de forma extraordinária na Ordem do Dia desta quarta-feira (26). Os projetos, de autoria do prefeito Izaias Santana (PSDB), tratam do reajuste de 7% dos vencimentos dos servidores ativos, inativos e pensionistas da Administração Direta e Indireta de Jacareí, assim como a proposta que altera referências de cargos e salários da Prefeitura.

O pedido de adiamento foi feito pela vereadora Maria Amélia (PSDB) e aceito pelos demais parlamentares, sem voto contrário. Logo pela manhã, servidores ocuparam as galerias da Casa na tentativa de convencer os vereadores a não aceitarem a proposta do prefeito, que foi recusada pela categoria em assembleia. Eles também tentaram ser recebidos por Izaias na Prefeitura, mas o encontro não aconteceu.

MESA
Também foram adiados para a próxima semana outros três projetos de lei de autoria da Mesa Diretora da Câmara. Um deles reajusta os vencimentos dos servidores da Casa, enquanto outro trata sobre o reajuste dos secretários municipais, além de uma proposta de atualização de referências na estrutura administrativa do Legislativo Municipal.

A pedido do presidente da Câmara, vereador Abner Rosa (PSDB), outras duas propostas parlamentares também foram adiadas o dia 4 de maio. Os projetos tratam sobre a atualização das regras para prestação do serviço de taxi, e que obriga a Prefeitura a divulgar informações sobre Emendas Parlamentares destinadas por deputados estaduais e federais a Jacareí.

PROTESTOS
Durante a sessão uma manifestação de cerca de 60 servidores municipais, contou com a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Jacareí (STPMJ) e do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jacareí (SindSAAE). Eles compareceram às galerias da Câmara para protestar contra o percentual de reajuste apresentado pelo prefeito.

Em ofício enviado à Câmara na terça-feira (25) o STPMJ considerou que o percentual de reajuste apresentado pelo prefeito Izaias Santana foi rejeitado em assembleia. 

"A categoria apresentou uma contraproposta de 9% e queremos que o Izaias cumpra o compromisso assumido em 19 de abril, de não colocar na pauta de votação o Projeto", uma vez que a medida "sufoca o movimento dos servidores que têm o direito de decidir sobre os encaminhamentos dos próximos passos da luta em assunto tão relevante", afirmam os representantes das entidades.