Gareth Higgins sentiu medo desde a infância. O ativista da redução da violência e Ph.D. em Sociologia pela Queen's University nasceu em 1975 na Irlanda do Norte, onde cresceu em um período de muitos conflitos armados e foi educado meio à desconfiança e paranoia. Baseado na experiência pessoal e na reflexão de especialistas sobre transformação de conflitos, Higgins traça a vulnerabilidade como força para lidar com sete temores comuns destacados no livro 'Como não ter medo': Sete estratégias para enfrentar as angústias e viver melhor.

Higgins divide a obra publicada no Brasil pela Latitude, em duas partes. Primeiro examina o que é o medo e a ideia de construir um abrigo sob o qual uma história melhor possa crescer. Depois, foca nos sete medos mais comuns: ficar sozinho, fazer algo que não possa ser reparado, viver sem sentido, não ter o suficiente, ser fragilizado para sempre, temer o mundo e morrer.

Em cada um dos capítulos desta etapa, o autor propõe uma prática para ajudar o leitor a adotar uma maneira de viver melhor e transformar o medo – são estas as sete maneiras prometidas no subtítulo da obra.

O autor, ainda, propõe um processo de autoconhecimento durante a leitura. Quais os medos frequentes? De onde eles surgem? Em quais momentos eles se fazem mais latentes? São alguns exemplos dos questionamentos propostos por Higgins. Ele explica que saber a origem do que causa a angústia é um caminho necessários para superá-los.

Apesar do título ser 'Como não ter medo', a obra não tem a intenção de eliminá-lo: o objetivo é que o leitor aprenda a sentir medo sem ser controlado por ele. Ou seja, apontar caminhos para que cada um possa transformar o temor em experiências melhores.

SERVIÇO
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