Quinta, 21 Novembro 2024

Feridas na boca que não cicatrizam merecem atenção

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Feridas na boca que não cicatrizam merecem atenção

Um dos principais sintomas do câncer bucal, aftas que persistem por mais de três semanas devem ser investigadas. 

A médica Bianca Faria, cirurgiã de cabeça e pescoço da Oncomed-MT. Foto- Divulgação/AI

A cada ano, milhares de pessoas são impactadas pelo câncer de boca. Por esse motivo, o mês de maio é dedicado à conscientização e prevenção da doença por meio do 'Maio Vermelho', uma iniciativa voltada para educar e informar a população sobre esse tema. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, entre os anos de 2023 e 2025, mais de 15 mil novos casos surjam anualmente.

O câncer de boca abrange uma variedade de tumores malignos que afetam as estruturas bucais como gengivas, céu da boca, bochechas, lábios e língua. A médica Bianca Faria, cirurgiã de cabeça e pescoço da Oncomed-MT, destaca que, embora seja mais comum em homens acima dos 40 anos, a doença não exclui as mulheres, podendo manifestar-se de forma ainda mais agressiva em pacientes do sexo feminino ou em indivíduos abaixo dos 30 anos.

Os sintomas principais incluem a presença de feridas na boca que persistem por mais de três semanas, nódulos no pescoço, manchas vermelhas ou esbranquiçadas nas bochechas internas, céu da boca ou língua, e rouquidão persistente. Em estágios avançados, o paciente pode enfrentar dificuldades para engolir, falar e movimentar a língua, destacando a importância de procurar assistência médica ao notar esses sinais.

TABAGISMO
O tabagismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de boca, seja através do cigarro convencional, cigarro de palha, narguilé, charuto, cachimbo ou tabaco mascado. O consumo excessivo de álcool associado ao tabagismo aumenta ainda mais o risco. Além disso, a exposição prolongada ao sol também é um fator de risco relevante.

Tratamento primário envolve
cirurgia para remover o tumor

O tratamento primário para o câncer de boca geralmente envolve cirurgia para remover o tumor, seguida por sessões de quimioterapia, radioterapia ou uma combinação de ambas, dependendo do estágio e da extensão da doença. "É um tratamento que apresenta uma certa complexidade, por isso, muitas vezes, é necessário fazer a reconstrução das áreas atingidas pelo tumor. O tratamento será definido de acordo com o caso", afirma a médica Bianca Faria, cirurgiã de cabeça e pescoço da Oncomed-MT.

Independentemente da estratégia terapêutica adotada, a atuação de uma equipe multidisciplinar é essencial para o tratamento do câncer de boca. Em todas as etapas, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e cirurgiões de cabeça e pescoço trabalham em conjunto com o médico oncologista para proporcionar o melhor tratamento para os pacientes. 

"O objetivo é evitar que complicações aconteçam e diminuir as sequelas, buscando otimizar ao máximo a funcionalidade da boca, e consequentemente, a qualidade de vida do paciente", explica.

A especialista reforça ainda a importância da detecção precoce para o sucesso do tratamento. Ao menor sinal de alerta, é essencial buscar avaliação médica e seguir um acompanhamento regular. 

 

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