Dor pode se tornar crônica se não tratada adequadamente
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 12 milhões de pessoas sofrem com doenças reumatologias no país.
A tendinite é uma inflamação nos tendões que provoca dor e limitação dos movimentos. Se não tratado, o problema pode resultar em dores crônicas, ou seja, persistentes e duradouras. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, a doença afetou uma em cada 100 pessoas pelo mundo.
Apesar de comumente associada aos idosos, a condição também pode impactar pessoas de todas as idades, especialmente atletas e indivíduos que realizam movimentos repetitivo. No Brasil, estimativas do Ministério da Saúde apontam que cerca de 12 milhões de pessoas sofrem com doenças reumatologias, sendo a tendinite, a artrose e as dores na coluna as principais causas de gastos com auxílio-saúde no país.
A Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, ressalta a necessidade de tratamento adequado para evitar a cronificação da tendinite.
"Tendinite é uma inflamação do tendão que causa dor e mau funcionamento, podendo levar a rupturas do tendão e comprometer a articulação. A condição pode surgir devido a diversos fatores, como traumas no local e sobrecarga de movimentos durante atividades laborais ou físicas", comenta.
TENDINITE NOS OMBROS
A tendinite pode afetar várias partes do corpo, sendo os ombros uma região frequentemente atingida. A inflamação pode causar dor intensa na região, dificuldade de movimentar o braço e perda da amplitude dos movimentos; o paciente pode enfrentar obstáculos simples, como alcançar objetos em prateleiras altas, por exemplo.
Professora Dra. Sposito esclarece que a tendinite nos ombros pode ser causada por carregar peso excessivo, o que sobrecarrega os tendões. O paciente pode sentir fraqueza no braço afetado, o impedindo de erguer objetos mais pesados.
Diagnóstico preciso requer
avaliação cuidadosa do paciente
O diagnóstico preciso da tendinite requer uma avaliação cuidadosa do histórico do paciente, geralmente conduzida por um clínico geral ou ortopedista. Exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, são solicitados para confirmar a doença e avaliar a extensão da lesão.
A Prof.ª Dra. Matilde Sposito destaca que há diversas opções de tratamento, desde medicamentos anti-inflamatórios até infiltrações e injeções periarticulares com ácido hialurônico, amplamente utilizadas. Porém, dependendo da lesão, tratamento pode ser cirúrgico. Além disso, são indicados exercícios específicos para fortalecer a musculatura na região afetada.
É importante que a tendinite seja tratada em seus estágios iniciais, antes que evolua para sua fase crônica, com isso, a pessoa pode ter dores constantes no local e desenvolver outros problemas, degeneração no tecido muscular, além de problemas nas articulações.
A médica fisiatra ressalta a importância de cuidados preventivos no dia a dia, como evitar a sobrecarga nos ombros, não carregar peso excessivo, alongar-se antes das atividades físicas e evitar movimentos bruscos e repetitivos. A prática esportiva é incentivada, mas sempre com acompanhamento profissional.
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