Cantor havia sido diagnosticado com uma condição chamada rim policístico, que pode ser identificada com testes genéticos.
O cantor Chrystian, da dupla com o irmão Ralf, faleceu na noite do dia 19 de junho após ser levado em caráter de emergência a um hospital em São Paulo depois de passar mal em casa. O estado de saúde do cantor, de 67 anos, foi considerado grave, e ele foi transportado por um helicóptero da Polícia Militar. O cantor sofria de doença genética.
A causa oficial da morte não foi divulgada, mas ele havia sido diagnosticado anteriormente com uma condição genética chamada rim policístico, que o faria passar por um transplante no fim do ano através de uma doação da esposa, Key Vieira.
A doença renal policística é hereditária, estando presente em uma em cada mil pessoas, a condição traz uma chance de 50% para cada filho do portador herdá-la. Ela causa a formação de muitos cistos nos rins, fazendo com que eles inchem e se dilatem.
Em vez de túbulos normais, surgem cistos, aumentando o tamanho dos rins de 10-12 centímetros para até 25 centímetros causando dores e sensação de estômago cheio no paciente.
TESTES GENÉTICOS
De acordo com o Pós PhD em neurociências, especialista em genômica e coordenador do projeto GIP - Genetic Intelligence Project, dedicado a analisar a influência da genética na inteligência e o uso de testes genéticos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, condições genéticas, como a doença que o cantor Chrystian sofria podem ser diagnosticadas precocemente com testes genéticos, ajudando a tornar as abordagens mais eficazes.
"As condições genéticas podem ser identificadas antes mesmo dos primeiros sintomas aparecerem através de testes genéticos, isso ajuda a iniciar tratamentos preventivos que são mais eficazes, reduzindo os impactos da doença", afirma.
De acordo com o profissional, detectar o problema o mais cedo possível permite agir antes que os sintomas se desenvolvam, melhorando muito a qualidade de vida do paciente. "Por isso, cada vez mais pessoas têm recorrido a testes genéticos para entender suas predisposições e realizar mudanças preventivas no estilo de vida", reforça.
"Em casos de rim policístico, existem alguns genes relacionados, como o PKD1 e o PKD2, que podem ser identificados em testes genéticos para fazer um tratamento preventivo sobre a condição", explica o Dr. Fabiano de Abreu.