Segunda, 08 Dezembro 2025

Psicologia: Controle emocional nas festas de fim de ano

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Psicologia: Controle emocional nas festas de fim de ano

Nas comemorações muitas pessoas se veem diante de uma montanha de emoções que vai além da alegria tradicional.  

O clima de celebração traz à tona ansiedade, solidão, pressões familiares e até nostalgia dolorosa. Foto- Ilustração/AI

Com a chegada das festas de fim de ano, muitas pessoas se veem diante de uma montanha de emoções que vai além da alegria tradicional: para alguns, o clima de celebração traz à tona ansiedade, solidão, pressões familiares e até nostalgia dolorosa. O psicólogo Luti Christóforo ressalta que esse período, embora marcado pela confraternização, pode se transformar em um momento de vulnerabilidade emocional e requer mais do que boas intenções, exige atenção e estratégias de cuidado.

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Luti observa que para muitas pessoas, o estresse natalino é alimentado por expectativas irreais: o desejo de encontros perfeitos, conversas harmoniosas e reconciliações pode gerar frustração quando a realidade não corresponde. "A culpa de não sentir 'feliz o suficiente' ou a sensação de que algo está faltando pode corroer o prazer da festa", afirma. Para ele, é preciso reconhecer que esses sentimentos não são exageros, mas respostas legítimas a tensões internas.

NÚMEROS
No Paraná, dados recentes reforçam a importância deste olhar atento. Segundo levantamento, em 2024 o estado registrou mais de 24 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais, com a ansiedade e a depressão entre os principais diagnósticos. Além disso, em 2024 a linha de cuidado em saúde mental do Paraná contabilizou mais de 2,1 milhões de atendimentos individuais. Esses números mostram que a vulnerabilidade emocional é uma realidade concreta e que as festas de fim de ano podem piorar esse cenário se não houver suporte.

Para Luti, controlar as emoções durante esse período começa com a autoconsciência: identificar o que realmente causa desconforto e qual parte da angústia vem de expectativas pessoais, familiares ou sociais. Ele recomenda praticar limites afetivos, aceitar que nem todos os laços serão perfeitos e que nem todos os reencontros serão transformadores. "Permitir-se sentir tristeza, não corresponder a um ideal festivo e, ainda assim, buscar apoio é um ato de cuidado consigo mesmo", diz.

Psicólogo aponta a terapia como
recurso para 'organizar a mente'

O psicólogo Luti Christóforo aponta a terapia como um recurso valioso. Em seu consultório, Luti observa que muitos pacientes se beneficiam de conversas estruturadas para organizar seus pensamentos, ajustar crenças internas, redescobrir fontes de alegria e fortalecer habilidades emocionais para navegar nas ocasiões desafiadoras. Para ele, a psicologia oferece ferramentas que ajudam a transformar momentos de crise em oportunidades de crescimento.

"Quando uma pessoa aprende a regular suas emoções, ela pode aproveitar a celebração de fim de ano sem sucumbir à ansiedade e até se reconectar com a própria história de uma forma mais equilibrada", explica.
O psicólogo também ressalta o papel da rede de apoio local amigos, familiares e serviços de saúde mental, especialmente em várias cidades Curitiba, onde a prefeitura já estimula o cuidado preventivo pelo Janeiro Branco, campanha que convida a população a refletir sobre saúde mental nas resoluções de Ano Novo.

Para quem sente que a pressão só aumenta, Luti sugere planejar encontros mais simples, reservar momentos só para si mesmo e não hesitar em buscar ajuda profissional já no início das tensões.
Em última análise, ele reforça que controlar a emoção nas festas não é sobre negar sentimentos difíceis, mas sobre acolhê-los com maturidade.

A verdadeira mensagem de fim de ano, segundo Luti, pode estar menos nos laços perfeitos e mais na capacidade de ser gentil consigo mesmo reconhecer as próprias dores, entender seus limites e, a partir daí, construir uma paz que perdure para além do brinde.

SERVIÇO
Luti Christóforo - Psicólogo clínico
(41) 99809-8887
lutipsicologo@gmail.com. 

 

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