Como perceber o risco de suicídio em alguém próximo e o que fazer para ajudar
Associação Brasileira de Psiquiatria promove mobilização para conscientizar sobre o tema.
O mês de setembro é marcado pela mobilização nacional em torno da prevenção ao suicídio, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A campanha tem o objetivo de contribuir para a diminuição do número de ocorrências no país, que fica acima da média mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente cerca de 700 mil suicídios no planeta. No Brasil, os números ultrapassam os 14 mil.
Ainda de acordo com a OMS, a maior incidência de depressão e ansiedade na pandemia contribuiu para o maior risco de casos. Em 2020, transtornos de ansiedade aumentaram mundialmente 25,6% e casos de depressão 27,6%. Contribuíram para isso, sobretudo, preocupações financeiras, luto e solidão.
Ainda de acordo com a OMS, a maior incidência de depressão e ansiedade na pandemia contribuiu para o maior risco de casos. Em 2020, transtornos de ansiedade aumentaram mundialmente 25,6% e casos de depressão 27,6%. Contribuíram para isso, sobretudo, preocupações financeiras, luto e solidão.
"É um cenário preocupante e grande parte das pessoas não sabe como cooperar para baixar as estatísticas e detectar o risco de suicídio em seu entorno. Todos nós podemos ficar atentos, buscar informações e olhar com mais atenção e empatia para a saúde mental, a nossa e a do próximo", comenta Milene Rosenthal, psicóloga, co-fundadora da Telavita, clínica online de saúde mental.
A psicóloga dá alguns conselhos para quem teme não perceber casos extremos em seu círculo íntimo. "É importante observar mudanças de comportamento, como falta de interesse em comer ou participar de atividades sociais anteriormente apreciadas, mudança nos padrões de sono ou afastamento de outros aspectos da vida. A pessoa que enfrenta quadros mais severos de ansiedade ou depressão pode expressar preocupação excessiva, desamparo ou tristeza profunda, especialmente por períodos prolongados".
Para ajudar quem demonstra estar atravessando um momento difícil, Milene reforça a importância do diálogo e do acompanhamento profissional. "Primeiramente, é importante ser presente e escutar o que a pessoa tem a dizer, demonstrando disposição em ajudar e acolher. Havendo a construção desse vínculo de confiança e conforto, é fundamental estimular a busca de atendimento psicológico ou psiquiátrico e acompanhar o processo terapêutico, dando suporte no que for necessário", finaliza.
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