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Frio pode provocar a sensação de depressão

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Frio pode provocar a sensação de depressão

Coordenador de curso de Psicologia explica como o inverno pode proporcionar o sentimento de tristeza em algumas pessoas. 

Algumas pessoas podem vivenciar a sensação de tristeza no inverno. Foto- Divulgação/AI Anhanguera

Manhãs geladas costumam ser, para algumas pessoas, são difíceis por si só. Levantar da cama em dias frios parece exigir um esforço maior do que o comum e o desejo de ficar em repouso aumenta. A sensação de tristeza é recorrente quando as temperaturas abaixam e o fenômeno é denominado por especialistas como depressão sazonal de inverno ou transtorno afetivo sazonal (TAS). A experiência é comum em países de clima temperado, mas também pode ser vivenciada em regiões tropicais.

De acordo com o coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professor Rogério Bosso, os principais fatores que provocam essa situação são a ausência de luz e o distanciamento social.

"Uma onda gelada não pode ser considerada como causa isolada de um diagnóstico de depressão, porém, a tendência é que alguns escolham ficar mais em casa e tenham menos contato com o sol nesse período, o que pode agravar os sintomas de pessoas deprimidas ou provocar o quadro específico do TAS", enfatiza.

Com longas frentes frias e céu nublado, é possível que haja aumento na produção de melatonina no organismo, hormônio que atua na indução do sono e mantém o padrão noturno de sonolência nas pessoas. A baixa luminosidade solar dificulta, também, a absorção da Vitamina D, relacionada ao combate de sintomas depressivos, além de diminuir os níveis de serotonina e de dopamina no corpo, neurotransmissores responsáveis pela sensação de felicidade e capazes de regular as atividades cerebrais.

O paciente que sofre com o transtorno pode apresentar alterações de humor, insônia ou falta de sono durante o outono e o inverno, além de variações no apetite, fraqueza, irritabilidade e pouca motivação para atividades comuns da rotina doméstica ou do trabalho.

Segundo a ONG Mental Health America, o quadro é mais comum em mulheres, que representam 4 a cada 5 diagnosticados, e em adultos entre 20 e 30 anos.

TRATAMENTO
Como explica o professor Rogério Bosso, o tratamento do transtorno afetivo sazonal deve ser realizado com a combinação entre psicoterapia e medicamentos. Adotar um estilo de vida saudável, com a prática de atividades físicas e boa alimentação, regula a produção hormonal no organismo e diminui as chances de desenvolver problemas emocionais. 

"Ao identificar os sintomas de depressão, tanto no contexto das temperaturas baixas quanto em estações quentes, o indicado é procurar por um profissional qualificado para o tratamento adequado", finalizar o coordenador. 

 

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