A expectativa de que aos poucos as medidas preventivas de saúde estão passando por um processo de abertura nos entusiasma e preocupa. O entusiasmo, obviamente, é pela realidade da volta às aulas, pelo sistema presencial atingir 100% na grande maioria das escolas, restaurantes, lojas, centros de shows e espetáculos, idem, e percebermos uma espécie de euforia contida a se mostrar.

A preocupação fica por conta de ainda precisarmos de um senso apurado sobre o que realmente nos espera não apenas no país, mas também no mundo. Alemanha e Holanda, por exemplo, voltaram atrás nas respectivas aberturas e de maneira radical, pelo aumento da confirmação de casos positivos de Covid-19. No Brasil, temos um conjunto de fatores que nos obriga a ficar 'com um pé atrás' apesar das conquistas positivas com a vacinação e diminuição acentuada de casos de contaminação.

Algumas: O comércio pressiona para uma abertura total e a desoneração das folhas de pagamento ampla (atualmente apenas 17 grandes empresas têm o benefício), o que pode acelerar ainda mais a inflação; a retração dos consumidores preocupa os comerciantes quanto às vendas para o Natal; as viagens turísticas foram retomadas, temos as festas de fim de ano e o Carnaval já está confirmado.

Mantida a faixa de 14 milhões de desempregados no país, começam a surgir os prováveis candidatos às eleições do ano que vem, principalmente à Presidência da República, e vamos entrar de vez no ano eleitoral, do qual já percebemos reflexos. Todo cuidado, portanto, é pouco.

Para terminar bem à brasileira, duas vereadoras do Partido Novo armaram a maior briga a socos, mordidas e pontapés no banheiro da Câmara Municipal da maior cidade do país. Cris Monteiro e Janaína Lima se engalfinharam, com Janaína jogando a desafeto no chão e pisoteando sua peruca (tragédia!); e olhe que ambas são do mesmo partido! Se a moda pegar, a coisa vai ficar um pouco mais complicada na política brasileira.

É a nossa opinião.