Os imigrantes estão chegando
A exposição ficou mais acentuada depois da inauguração este mês do restaurante 'Bom Prato', na região central de Jacareí.
Muitos estão admirados da quantidade de pessoas estrangeiras que encontramos pela cidade – algumas mal falando português – exercendo algum trabalho, ou até mesmo pedindo ajuda. A exposição ficou mais acentuada depois da inauguração este mês do restaurante 'Bom Prato', mas o fenômeno não é novo, embora antes tivesse proporções menores.
Elas estão no serviço de 'uber', restaurantes e tendem a crescer principalmente porque, pelo menos os serviços de locação de veículos estão estruturados em modelos internacionais. Na Capital os motoristas estrangeiros já se tornaram parte da 'paisagem urbana' como disse um conhecido professor admirado com o que lhe aconteceu aqui em Jacareí.
O motivo foi 'o nível' intelectual de conhecimentos do motorista cubano que o trouxe do bairro Vila Branca ao centro da cidade, onde leciona. Engenheiro (o motorista), impedido pela documentação de trabalhar como tal em Jacareí, optou pelo transporte de passageiros por aplicativo, até que a mulher com quem é casado se aposente, em Cuba, e tenha permissão para deixar o país. Ela é médica.
Porém, não são apenas profissionais de curso encontrados diariamente pelas ruas e empresas que têm contatos normais com outros países. No caso do mencionado professor, ele afirma que até se atualizou em informações da situação política sul-americana durante o bate-papo desenvolvido no trajeto, e sobre como anda a imigração desses países para o Brasil, notadamente da Argentina. Há também o lado triste de fome, informalidade e até casos de infrações cometidas.
Nos cruzamentos da região central já se registram assédios de estrangeiros pedindo moedas, fazendo malabarismos (de verdade) a título de entretenimento pelo trânsito engarrafado, o que pode servir para acalmar o motorista que não consegue avançar mais depressa em horários de pico.
Continuando assim, nossos profissionais da assistência social precisam redobrar em atenção ou até mesmo criar canais que permitam um acolhimento específico para tais situações. Quem sabe até desenvolvendo um modelo assistencial do qual todos os envolvidos possam aproveitar positivamente.
É a nossa opinião.
Comentários: