Faltam ouvidos para ouvir
Bravatas ou falácias não iludem mais ninguém. No entanto é o que mais se vê nas declarações dos mandatários
Ignorante ao maior período de estiagem dos últimos tempos, o caminhoneiro Zé Trovão não conseguiu 'fazer chover' no ambiente pós-mobilização popular do último 7 de setembro. Embora nos dias seguintes, quarta e quinta-feira, nuvens um tanto ameaçadoras rondaram o rescaldo das manifestações pelo país a fora (algumas destas manifestações 'trovejadas' pelo citado caminhoneiro em redes sociais) a grande maioria dos brasileiros retornou à luta diária pela sobrevivência, o que por si só já não está fácil.
Não se pode negar a grandiosidade numérica do evento do Dia da Independência, embora a ciumeira da militância 'do outro lado' faça o possível para diminuí-la. O que ficou evidente também – é preciso admitir – que 'a volta das pessoas às ruas' serviu para devolver voz a milhares – ou talvez milhões – de cidadãos ordeiros torcedores do sucesso deste país.
Estiveram nas ruas e praça de toda a nação aqueles que não aguentam mais o desvio intencional de suas atenções dos problemas que ameaçam de verdade nossa paz. Não só a nossa paz, melhor dizendo, como também a integridade, liberdade e – ironicamente – nossa independência, males representados pelas variantes da pandemia, vacinas não testadas, corrupção, desemprego de 14 milhões, fome, miséria e outras desgraças.
Vamos sacudir a poeira e dar a volta por cima. E e a maior demonstração de coragem e brasilidade estará no cumprirmos com rigor da parte que nos toca a cada um. Principalmente o dever das autoridades da República em garantir a todos os brasileiros de forma igualitária o Estado de Direito.
Bravatas ou falácias não iludem mais ninguém. No entanto é o que mais se vê nas declarações dos mandatários. Não 'se tocam' quanto à realidade de que estamos bem próximos do alerta de Marcos de que 'nada haverá em segredo que não seja trazido à luz do dia'. Que arranjem ouvidos para ouvir, quem ainda não os tiver.
É a nossa opinião.
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