Lembra-se das frases acima?! Foram trocadas em 2010 pelos ex-vereadores Itamar Alves (PDT) – falecido em 2020 – e Dario Bueno (DEM), ambos de Jacareí, que volta-e-meia se atracavam verbalmente na tribuna da Câmara.

Dario, professor, adotara o apelido 'Burro' em sinal de protesto diante do que achava 'modo de esconder a verdade' dos políticos de então como se 'nós do povo fôssemos comparáveis ao simbolismo do implícito animal'.

Se hoje fizermos uma 'leitura' subjetiva do conteúdo de boa parte das fontes noticiosas concluiremos facilmente que a atitude de Dario Burro tinha lá seu fundamento: é exatamente o que essa 'boa parte' pensa de nós.

Vejamos como exemplo: Prometeram que iríamos 'comer picanha' todos os dias, e mudaram para abóbora. Criticados por quase nada terem feito em 100 dias de governo, responderam que estão 'completando obras deixadas pelo governo anterior'.

Apresentaram um projeto de âncora fiscal que – garantem – colocará as finanças brasileiras em dia em mais ou menos quatro anos. Na verdade, o projeto cria uma legislação sem impedimentos para despesas ilimitadas sem punições às gastanças que ultrapassarem os limites, e que deixam de fora 13 itens importantes e dispendiosos para nossa sofrida economia. E por aí vai, nas costas dos supostos 'burros'.

Ironicamente, acaba de vir a público verdadeiro escândalo palaciano: Imagens então ocultadas de câmeras de segurança mostram o que de fato aconteceu no Palácio da Alvorada no fatídico 8 de janeiro, abrindo razão para ser criada a tão temida CPMI. Depois de ferozmente rejeitá-la, o governo não teve alternativa se não aderir à criação; fato mesmo assim intrigante.

Entretanto, já se fala em Brasília sobre ser concedida uma anistia geral a todos políticos que estejam 'com dívidas no cartório', ou seja, um aceno para que numa negociação gigante 'zerar' as eventuais pendências na justiça a todos os nossos representantes maiores que as tiverem.

Coisa nada difícil de acontecer. Como diria o saudoso ex-vereador: 'O bicho é feio'.

É a nossa opinião.