Responsável por mais de 70% dos empregos formais do município, o comércio pede vez e voz nas decisões econômicas. A reivindicação parte da ACIJ - Associação Comercial e Industrial de Jacareí, que quer ser participante ativa da volta à normalidade que se desenha para futuro próximo.

As decisões que afetaram a atividade comercial, tomadas no atual período pandêmico, chegaram das autoridades sempre 'prontas', sem uma avaliação mais realista que a pandemia permitiu ao comércio local tirar suas próprias conclusões. 'É justo, portanto, que o doloroso 'aprendizado' norteie os rumos a serem tomados daqui para frente', diz a ACIJ.

A primeira sugestão é de que haja um levantamento rápido e preciso sobre os estragos sofridos pelo médio e pequeno comércio de Jacareí. Não há, segundo ressaltam os reclamantes, estatísticas que mostrem essa realidade. Outra providência urgente é discutir quais medidas a serem tomadas em socorro ao setor que comprovadamente tiveram prejuízos irreparáveis com a retirada de circulação da potencial clientela.

O momento é de parar, respirar, calcular os prejuízos indiscutíveis que todos tiveram e tomar a melhor decisão sobre o que será bom (ou menos ruim) para os 'sobreviventes' desse algo jamais imaginado até pelos pessimistas. Devemos nos lembrar que o maior número de prejudicados é formado pelos trabalhadores e familiares dos que perderam seus empregos e que – estes sim – dificilmente serão ouvidos.

Jacareí tem fama de possuir 'um grande shopping a céu aberto' que movimenta sua economia, formado pela concentração de lojas na área do grande centro urbano. Basta circular por ela e constatar. O que não é visto, infelizmente, é a sangria de profissionais pela perda humana de empregados que sustentavam suas famílias graças ao público que sempre acorria às lojas, restaurantes, bares e demais pontos de comércio.

Que todos aprendamos que o final da pandemia não significa necessariamente final de problemas. Basta uma olhada rápida no mundo atual.

É a nossa opinião.