Seria repetitivo comentar aqui os tropeços do governo federal nestes mais de 100 dias de governança. Virou motivo de piada o chororô do então secretário-geral da presidência, Gustavo Bebiano, atacado por um dos filhos do presidente; da ministra da Mulher, Damares Alves, com as roupinhas azuis para meninos e rosa para meninas. Teve ainda o exonerado ministro da Educação, Ricardo Vélez, querendo que filmassem alunos cantando o Hino Nacional nas escolas, e sua infeliz 'conclusão' de que brasileiro quando viaja rouba coisas dos hotéis, além de outras pataquadas. Basta bom senso para saber o momento de dizer ou não o que considera dizível.

Sabemos que decepções, tanto as grandes quanto as menores, interferem diretamente em nossa vida e provocam reações desagradáveis. Basta-nos as pedras que já carregamos.

Estatísticas escancaram a incidência assustadora de crimes contra mulheres, crianças e idosos. Registram que um número de mulheres, bem maior que o masculino, cumpre jornada de trabalho em casa, depois de trabalhar fora. A quantidade de evasão escolar aumenta a ponto de várias salas de aulas serem fechadas em todo território nacional por falta de alunos. Em Jacareí, apesar dos muitos esforços dedicados à causa, a evasão escolar também assusta.

Projetos importantes não prosperam, relegados a compasso de espera pela Justiça por questões formais. A convivência humana atingiu ponto crítico.

Os erros cometidos nas esferas superiores agravam também os problemas que temos 'em casa'. Há demonstrações de boa vontade em nossa Praça dos Três Poderes. Dívidas controladas, pagamentos em dia, nenhum ilícito aparente que coloque os mandatários sob suspeita. Mas, é preciso ir além. Cada peça da engrenagem tem que funcionar com eficiência e harmonia com o todo. Se não estaremos na situação de organizar banquete para o inimigo que nos espreita não muito distante, no tempo e no espaço.

É a nossa opinião.