Em tempos de transformações aceleradas e desafios sociais crescentes, é imperativo que o Brasil reafirme seu compromisso com os valores que sustentam sua identidade nacional. Entre estes valores, dois se destacam como fundamentos inegociáveis: o respeito às tradições e a fidelidade à Constituição Federal.

A Carta Magna de 1988 não é apenas um documento jurídico — é o pacto que une o povo brasileiro em torno da justiça, da liberdade e da dignidade. Ignorar suas determinações ou relativizar seus princípios é abrir espaço para a desordem institucional e o enfraquecimento da democracia.

As principais capitais do país, assim como os conjuntos regionais das cidades, têm papel decisivo nesse processo. É preciso dobrar esforços para garantir que as leis sejam cumpridas com rigor e que os direitos e deveres previstos na Constituição sejam respeitados por todos — governantes e governados. A omissão, neste contexto, é tão grave quanto a transgressão.

Mais do que cobrar dos poderes públicos, é necessário exigir da própria população uma postura ativa e consciente. O civismo não se limita ao voto: ele se manifesta no respeito às instituições, na valorização da cultura nacional, na defesa da liberdade com responsabilidade e na vigilância constante contra qualquer ameaça à ordem constitucional.

Preservar as tradições brasileiras não significa resistir ao progresso, mas sim garantir que o avanço ocorra sem romper com os alicerces que nos definem como nação. A Constituição é o mapa que orienta esse caminho — e seguir por ele com fidelidade é o único modo de assegurar um futuro justo, soberano e verdadeiramente democrático. Infelizmente o que se viu nesta última semana nos ninhos do poder permite-nos apostar que teremos um agravamento do desgoverno e mais abandono do caminhar seguro.

Que este Editorial sirva como chamado à consciência coletiva: o Brasil precisa de cidadãos que honrem sua história e protejam sua Constituição. Só assim construiremos um país à altura dos sonhos de seu povo.

É a nossa opinião.