De repente deu-se o estalo. 'Por que não trabalharmos regionalmente a cultura no Vale do Paraíba?' Já são famosas na região as manifestações artísticas em Literatura, Pintura, Música, Dança, Escultura... Já somos politicamente uma região metropolitana, 'bastaria um empurrãozinho para unir as duas coisas'.

'Vamos atrás disso', conversavam entre si escritores, pintores e vários vanguardistas das artes. Um destes, Salvador Cabrera Santiago, o 'Vadô Cabrera', acabava de assumir a presidência da AJL-Academia Jacarehyense de Letras em meio à barafunda geral de final da pandemia do Covid-19. Academia que recebera havia cerca de um ano o prédio da nova sede e precisava animar a moçada escritora a rever conceitos, adequar-se ao novo tempo e mostrar a que veio.

Outra novidade 'caiu' de Taubaté pelo escritor jacareiense Waldir Capucci, correspondente da academia literária de lá: Jacareí aceitava sediar o 'II Encontro das Academias Literárias e Artísticas do Vale do Paraíba', na primeira semana de julho próximo. A responsabilidade do êxito da empreitada não caía, e sim 'despencava' nas costas do surpreendido presidente.

Felizmente, já nas primeiras tratativas ficou claro que a novidade era bem-vinda. Adesão geral. Procurada, a Fundação Cultural de Jacareí encampou a ideia 'de primeira' e a colocou no calendário das atividades de final das férias escolares de julho. Espera-se a participação de todas as cidades da RMVale (cercas de 20) que possuem academias do tipo. Foi o primeiro grande tento do Filho Brilhante Vadô Cabrera na presidência da AJL.

Outro feito do mesmo calibre será o 'curso de contação de histórias' em parceria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista) de São José dos Campos, que começará em março sob a responsabilidade da acadêmica Marisa Mirás. Um dos objetivos é despertar em crianças e adultos o importante hábito da leitura. 'Jacareí voltará a ser a Athenas Paulista', garante. Cabrera é autor de dois livros com um terceiro – 'Tempos sombrios e outras crônicas' – prestes a ser publicado.