Terça, 03 Dezembro 2024

Para tratar do idoso é preciso ser Fortes

Para tratar do idoso é preciso ser Fortes

Lúcia Fortes administra um dos três únicos lares destinados ao acolhimento total dos maiores de 60 anos que não tenham onde residir. 

Há 40 anos, a rotina de conseguir meios para que a tarefa de proteção ao idoso desamparado seja a mais acertada e eficaz, é a principal preocupação da 'Filha Brilhante' psicóloga Lúcia Bustamante Fortes. Ela administra o mais antigo dos três únicos lares de Jacareí destinados ao acolhimento total dos maiores de 60 anos que não tenham onde residir: a Assistência Humanitária Amor e Caridade, com a qual ela está envolvida desde 1984.

O trabalho dela é 100% voluntário e envolve 'um batalhão' de colaboradores, se formos considerar funcionários, cuidadores, nutricionistas, fonoaudiólogos, profissionais de saúde, psicólogos e outros remunerados ou voluntários. Não raro, tal envolvimento exige dedicação 24 horas por dia, como é o caso dos acamados e dos portadores de variados tipos de demência, como o mal de Alzheimer. Embora este seja o mais conhecido, não é o que mais se faz presente, explica Lúcia. 'normalmente, o portador deste tipo de doença é o que mais permanece com familiares. Quando não por um dos cônjuges, ele é amparado por filhos ou até mesmo por um parente próximo.

Mesmo assim, esse Instituto de Longa Permanência de Idosos (ILPI), nomenclatura correta do que antes se conhecia como 'asilos' tem sob sua responsabilidade 35% de assistidos que sofrem com algum tipo de demência. A 'Filha Brilhante' destaca a grandiosidade, em todos os sentidos, para se lidar com o dia-a-dia de um ILPI.

Atualmente, 70 idosos estão ali sob sua responsabilidade, ao custo aproximado de R$ 6 mil mensais por indivíduo, cujo custeio é mantido por campanhas, doações, Nota Fiscal Paulista, grandes ajudas eventuais para manutenção à base de licitações de grandes empresas, dentre outros, incluindo cerca de R$ 2 mil mensais pela prefeitura e destinações espontâneas de verbas parlamentares.

Assim, para não desistir diante da batalha cotidiana, 'é preciso ser forte', afirma Lúcia que também é Fortes; dois motivos para que siga adiante. 

 

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