Eva, 100, viva!
A carreira na interpretação iniciou anos antes, no rádio e TV. Filmou apenas 24 longas-metragens em quase 8 décadas de profissão
Um recorde que poucos sabem em relação ao Oscar pertence desde 2020 à atriz americana Eva Marie Saint: o de ser a artista mais idosa viva premiada com a estatueta – no próximo 4 de julho, ela completará exatos 100 anos. Antes, Olivia de Havilland detinha a marca – ela morreu aos 104 anos em julho de 2020.
Na festa de 1955, Eva recebeu o troféu de coadjuvante pelo filme 'Sindicato de Ladrões', com Marlon Brando, dirigido por Elia Kazan – Grace Kelly, eterna Princesa de Mônaco, conquistou o de atriz principal, por 'Matar ou Morrer', dirigido por George Seaton, com Bing Crosby como protagonista. Para espanto de alguns, foi a estreia dela nas telonas. Outro espanto ainda maior: Eva estava com 9 meses de gravidez no dia da premiação e seu filho Darrel nasceu 2 dias depois da cerimônia.
A carreira na interpretação iniciou anos antes, no rádio e TV. Filmou apenas 24 longas-metragens em quase 8 décadas de profissão. Dedicou-se mais à televisão e teatro principalmente por analisar que papéis que davam a ela nos sets eram insatisfatórios. Porém, esteve ao lado de cineastas icônicos como, além do próprio Kazan, Alfred Hitchcock (em 'Intriga Internacional', 1959), Otto Preminger ('Exodus', 1960) e Vicent Minelli ('Adeus às Ilusões', 1965).
Em 1996, uma curiosidade: esteve no elenco de 'Titanic', não a fita de James Cameron com Leonardo DiCaprio e Kate Winslet (que seria lançada meses depois, em 1997), mas um programa de TV exibido em 2 capítulos, com Catherine Zeta-Jones. Dez anos depois, participou da fraca adaptação 'Superman: O Retorno', na pele de Martha Kent, a mãe adotiva de Clark. Lá, com seus então 82 anos, ainda esbanjava elegância e sua beleza estava intacta. O seu mais recente trabalho se deu em 2019, no filme para a TV 'Mariette em Êxtase', ambientado numa comunidade religiosa da virada do século 19 ao 20, sobre uma freira que acabou de fazer os votos.
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