Um dos filmes de Alfred Hitchcock da sua fase inglesa, e que eu ainda não havia escrito sobre neste espaço, completou 90 anos.
Faz tempo que não escrevo aqui sobre Alfred Hitchcock, Mestre do Suspense, que faz parte da minha trinca de ases de diretores prediletos da Sétima Arte, ao lado de Woody Allen e Ingmar Bergman – sendo um de cada nacionalidade: Hitchcock, inglês; Allen, americano até o último fio de seus poucos cabelos; e Bergman, o sueco gelado.
Por estas semanas, um dos filmes de A.H. da sua fase inglesa, e que curiosamente eu ainda não havia escrito sobre neste espaço, completou 90 anos de seu lançamento: 'O Homem que Sabia Demais', a primeira versão, de 1934 (lançado nos demais países em 1935). A trama é o vício do cineasta antes de encucar com o inocente que se vê culpado de algo: conspirações internacionais.
A história mostra Bob e Jill Lawrence e sua filha Betty em férias nos alpes suíços. Fazem amizade com um estrangeiro que está no mesmo hotel. Uma noite, enquanto Jill dança com o tal homem, este é baleado pela janela. Enquanto agoniza, implora a ela a pegar um bilhete de seu quarto e entregá-lo ao cônsul britânico. Antes que Bob possa cumprir esta tarefa, é ameaçado por sequestradores, que raptaram Betty. O casal retorna à Inglaterra. Descobre que os bandidos planejam assassinar um poderoso embaixador estrangeiro no Teatro Albert Hall, durante um concerto de orquestra. Jill comparece ao evento e distrai o atirador com um grito, bem na hora de ele apertar o gatilho.
Os assassinos são capturados pela polícia após um longo tiroteio. Betty é devolvida aos pais. A fita foi filmada na transição do diretor aos EUA, onde conquistou fama internacional, fez dos trabalhos campeões de comentários, bilheterias. Este 'O Homem que Sabia Demais' conta no elenco com o então iniciante, mas celebrado por 'M: O Vampiro de Dusseldorf' (1931), Peter Lorre, ator de semblante frágil, com olhos esbugalhados. O roteiro fez tanto sucesso que Hitchcock refilmou-o 22 anos depois. Duração: 75 minutos. Cotação: ótimo.