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Litoral Norte: secretário diz que número de desaparecidos pode ser maior

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Litoral Norte: secretário diz que número de desaparecidos pode ser maior

A enxurrada que atingiu municípios é considerada uma das maiores tragédias da história de SP.

Agentes da Polícia Militar e Defesa Civíl fazem trabalho de busca e desobstrução em encosta na Barra do Sahy, em São Sebastião. Foto- Governo de SP
O número de pessoas desaparecidas após as chuvas ocorridas no litoral norte paulista deve ser ainda maior que as 25 registradas, segundo estima o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. "Não é uma projeção pessimista, mas realista de que pode haver um número maior de vítimas segundo relatos dos Bombeiros e segundo a percepção de quem esteve no local", disse o secretário, em entrevista na capital paulista, nesta quarta-feira (22).

"Pessoas desaparecidas são aquelas que os familiares comunicaram que o parente não voltou para casa. O posto de comando de São Sebastião tinha o registro de 36 pessoas desaparecidas ontem (21). Dessas 36 pessoas desaparecidas, houve comparação com a lista de identificação dos corpos e 11 pessoas já foram identificada", explicou o secretário.

"Mas, segundo o relato de moradores, residentes que estariam com toda a família ali no local, principalmente na Barra do Sahy [em São Sebastião], pode ser que tenham tido suas casas afetadas e estejam soterradas. Pode então haver a possibilidade de ninguém ter dado a falta de algumas pessoas e essas pessoas terem sido vítimas de soterramento. Estamos fazendo essa projeção porque estivemos lá no local conversando com os moradores", disse Derrite.

VÍTIMAS
Segundo balanço divulgado pela Polícia Militar durante entrevista coletiva concedida no final da manhã desta quarta-feira (22) na capital paulista, foram registradas 48 mortes após a tragédia ocorrida no litoral norte de São Paulo e 26 pessoas foram levadas para atendimento hospitalar na região. Outras 1.523 pessoas foram resgatadas.

FURTOS
Durante a entrevista, o secretário negou que estejam ocorrendo furtos ou roubos a casas ou comércios da região atingida pelas chuvas. "Não houve registro, de fato, nenhum registro [de furto ou roubo]. Mas houve essa preocupação, por parte daquela população", esclareceu o secretário.

Segundo Guilherme Derrite, o governo estadual chegou a entrar na Justiça para obter uma condução coercitiva caso o morador se recuse a deixar a residência em situação de risco. "Mas isso não foi necessário até o momento", falou o secretário.

ALERTA
O secretário também disse que não acredita que tenham ocorrido falhas no alerta de chuvas para a população e falta de ações do governo para prevenir a tragédia. Segundo ele, o que ocorreu é que as chuvas que caíram no litoral norte foram acima do que era esperado pelos órgãos governamentais. "Da nossa parte, agora é estender a mão e depois, ao final da operação, vamos analisar se houve, de fato ou não, eventuais erros de cálculos. As chuvas foram superiores ao que estava previsto. Acho bem difícil [que tenha havido erro nos alertas]", falou ele.

A enxurrada que atingiu os municípios do litoral norte de São Paulo nesse fim de semana é considerada uma das maiores tragédias da história do estado, segundo o governo. O temporal foi também o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, com 682 milímetros e um rastro incalculável de destruição. 

 

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Sábado, 27 Abril 2024

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