Sexta, 22 Novembro 2024

Metalúrgicos da GM suspendem greve e retornam ao trabalho

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Metalúrgicos da GM suspendem greve e retornam ao trabalho

As negociações continuarão nos próximos dias para busca de alternativas que evitem futuras demissões.

As negociações entre a montadora e os sindicatos chegaram a uma proposta de acordo, aprovada em assembleia.. Foto- Divulgação/Cristiane Cunha
Metalúrgicos da General Motors suspenderam a greve e retornaram ao trabalho nesta quarta-feira (8), após 17 dias de paralisação. As negociações entre a montadora e os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes chegaram a uma proposta de acordo, aprovada em assembleia.

O acordo condiciona a suspensão da paralisação ao pagamento dos dias parados para todos na fábrica e licença remunerada para quem havia sido demitido. Também foi aprovado aviso permanente de greve, ou seja, caso a empresa não cumpra o acordo aprovado, a paralisação será retomada.

Nas reuniões ocorridas na segunda (6) e terça-feira (7), a insistência da montadora em descontar os dias parados travou o avanço das negociações, até que se chegou à proposta apresentada nesta quarta-feira (8) na assembleia.

As negociações continuarão nos próximos dias para busca de alternativas que evitem futuras demissões. Uma comissão de sete trabalhadores foi formada e aprovada em assembleia para acompanhar as reuniões.

A GM já havia se comprometido a cancelar as 1.244 demissões nas três fábricas, obedecendo à determinação judicial, mas descontou os dias parados durante a greve e insistia em não cumprir o acordo de layoff que estabelece estabilidade no emprego para todos da fábrica de São José até maio de 2024.

O cancelamento das demissões foi determinado, por meio de liminar, pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT da 2ª e 15ª) e pelo Tribunal Superior do Trabalho. Uma audiência de conciliação estava prevista para hoje (8) no TRT, mas foi cancelada, em razão do acordo aprovado na assembleia.

MEMÓRIA
Com a greve, iniciada no dia 23 de outubro, os trabalhadores conseguiram cancelar as 1.244 demissões. O movimento também aconteceu nos tribunais, com ações movidas pelos sindicatos pedindo a reintegração de todos os demitidos.
 

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