Emprego com carteira assinada em 2020 foi metade do divulgado pelo governo
O balanço divulgado citava dados do Caged, órgão do Ministério do Trabalho e Previdência, recriado em julho deste ano.
O Brasil criou menos empregos em 2020 do que o que se acreditava ter criado.
No começo deste ano, o governo federal informou que 142.690 empregos com carteira assinada tinham sido criados no nosso país em todo ano passado, em meio à pandemia de coronavírus.
O balanço divulgado na ocasião citava dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. Mas uma revisão de dados feita pelo Ministério do Trabalho e Previdência, pasta recriada em julho deste ano, revela que número total de empregos formais criados no Brasil foi praticamente metade do que fora divulgado.
Os números novos apontam para a criação de 75.883 vagas de trabalho com carteira assinada entre janeiro e dezembro de 2020, total quase 47% inferior ao número inicial.
Em nota, o ministério do Trabalho informou que a diferença no saldo de empregos criados no ano passado se deve a um aumento no número de declarações de contratação e demissão realizadas fora do prazo pelas empresas.
A pasta também ressaltou que os dados do Caged podem ser atualizados até 12 meses após a data de realização da admissão ou demissão e reforçou que os dados anunciados são reais e obedecem às informações declaradas pelas empresas, podendo ser ajustados para 2020 até o final de 2021.
A quantidade de empregos formais criados é obtida calculando a diferença entre as contratações com carteira assinada e as demissões registradas em um determinado período.
Mensalmente, o Caged informa os dados. Os últimos divulgados são referentes ao mês de setembro. No nono mês do ano, segundo números oficiais, foram criadas 313 mil, 902 empregos formais no Brasil.
Brasil terminou setembro de 2021 com saldo positivo de 2.512.937 novos trabalhadores no mercado formal, no acumulado desde janeiro.
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