Uma lanterna, por favor!
E nós, como ficamos?! - perguntam os estimados mais de 50% de cidadãos recolhidos em seus domicílios
Quarta-feira (22) terminaria o prazo do presente isolamento social imposto pelo Governo João Doria em todo Estado. Na sexta-feira (17) ele prorrogou a quarentena até 10 de maio.
Quinta-feira passada houve troca no Ministério da Saúde: Jair Bolsonaro exonerou Luiz Henrique Mandetta e nomeou Nelson Teich. Seria normal, não fosse o momento; haja vista o evidente desconforto de Mandetta durante seu discurso de despedida, comparado a seus firmes pronunciamentos anteriores.
E nós, como ficamos?! – perguntam os estimados mais de 50% de cidadãos recolhidos em seus domicílios. Resposta definitiva seria arriscada, porém é bom mantermos os cuidados básicos em qualquer circunstância: proteção aos enquadrados no grupo de risco, higienização, principalmente das mãos, e uso de máscaras continuam indispensáveis. Nada de aglomerações etc. O 'etc.' vai depender do que virá depois.
Bolsonaro reiterou em pronunciamento à nação, já ao lado de Nelson Teich, como vê as consequências ruins da manutenção da quarentena; o novo titular falou da importância do isolamento e acrescentou que "saúde deve ser encarada como um todo", inclusive com os traumas de um desemprego em massa. "Economia e Saúde não devem confrontar-se", afirmou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), apressou-se em criticar a exoneração de Mandetta. A cúpula dos políticos em Brasília segue na mesma linha, ao que se viu.
Há consenso dos mais equilibrados de que a pandemia de Covid-19 'trouxe a mensagem para o mundo de sempre se unir nos combates aos inimigos comuns'. Grande número dos poderosos de Brasília, dos governos estaduais e dos municípios não demonstram entender assim.
Quanto a Jacareí, o prefeito Izaias Santana (PSDB) atrelara ao governador o atual isolamento, infelizmente seguido à 'meia-boca (50%)' pela população. Até o fechamento desta edição, Izaias não havia se manifestado sobre a prorrogação ou não da quarentena, mas em boa parte das recomendações anteriores ela deverá prevalecer.
Não há claridade neste início da pior fase; como antever qualquer luz no fim do túnel? Uma lanterna, por favor!
É a nossa opinião.
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