Os esportistas de Jacareí terão em 2022 um ano apertado, para dizer o mínimo. A pandemia (sempre ela!) tirou dos clubes o ânimo de desenvolver representações de basquete, futsal, judô, natação, tênis de mesa, dança livre dentre tantas outras. Futebol masculino, nem pensar; feminino, então... só Deus poderá precisar uma data de recomeço.

Isto porque mesmo que acabe a pandemia de Covid-19, que felizmente apresenta dados animadores quanto sua diminuição no mundo, temos outra 'pandemia' tão ou mais preocupante que a do 'bichinho': o aumento da criminalidade social. A sensação de impunidade e a impossibilidade de ação adequada dos órgãos de Justiça e Segurança públicas do país – assunto que já descambou para 'conversa de botequim' –, também preocupam.

O quadro de abandono das representações esportivas por parte dos clubes, 'empurrou' as iniciativas para o poder público – em nosso caso a Secretaria de Esportes e Recreação de Jacareí – para que acuda os praticantes desejosos de formarem grupos ou eventos de disputas sadias. Entretanto, o estrago da criminalidade, cada vez mais atuante, deixa a pasta de mãos atadas.

Durante o 'abandono' da escola e de outros pontos esportivos por causa do 'fique em casa' de dois anos seguidos, houve verdadeira destruição de locais importantes para a prática desportiva. Roubos de fiação (também nelas!), de tatames, bolas, torneiras, e tantas outras peças 'carregáveis' deixaram pontos impossíveis de serem usados novamente. A Secretaria de Esportes depende da Secretaria de Infraestrutura para recuperar esses locais. A Infra, por sua vez, trabalha no limite de suas possibilidades físico-financeiras, pois precisa atender a todas as demandas da cidade no que se refere a construções e reformas.

O Município atende unidades não atingidas em que é possível minimamente a prática esportiva. Mas é pouco. Até porque a Covid-19 e o pós-Covid-19 ajudaram o tempo todo o aumento da criminalidade nessas áreas nunca antes atingidas.

É a nossa opinião.