Por Mariana Tokarnia/Agência Brasil em Quinta, 17 Fevereiro 2022
Categoria: Geral

Boletim da Fiocruz aponta tendência de queda de casos de síndrome respiratória

A maior prevalência foi de Covid-19, que representou 90,2% do total de casos. 

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (17), mostra sinal forte de queda nos casos notificados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país tanto na tendência de longo prazo, consideradas as últimas seis semanas, quanto na de curto prazo, que leva em conta as últimas três semanas.

Nas últimas quatro semanas, entre os casos positivos para algum vírus respiratório, a maior prevalência foi de Covid-19, que representou 90,2% do total. A análise compreende o período entre 6 e 12 de fevereiro, considerada a Semana Epidemiológica 6, e tem como base os dados inseridos no SivepGripe até 14 de fevereiro.

De acordo com o boletim, a maior parte das unidades federativas apresenta sinal de queda na tendência de longo prazo e estabilidade ou queda no curto prazo: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Em nove estados, há sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia. No estado do Amapá observa-se sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo, com sinal de estabilidade em relação à análise de longo prazo. Pará apresenta estabilidade e Roraima, estabilidade no curto prazo e crescimento, no longo.

De acordo com os indicadores de transmissão comunitária de SRAG, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão, todas as capitais se encontram em macrorregiões de saúde com nível alto ou superior, a maioria, em nível alto.

A Fiocruz ressalta que, dada a heterogeneidade espacial da disseminação da covid-19 no país e nos estados, recomenda-se que sejam feitas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos é potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado. A situação das grandes regiões do país serve de base para análise do cenário, mas não deve ser o único indicador para tomada de decisões locais.

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, divulgados ontem (16), o Brasil chegou a 640 mil mortes em consequência da Covid-19. Com 1.085 óbitos registrados em 24 horas, o país totalizou 640.774 vidas perdidas ao longo da pandemia. 

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