Nem pense em protestar
O que mais nos preocupa é a falta de liderança do grupo que deveria nos guiar de maneira segura
Se tudo o que estamos passando vai servir de aprendizado vá lá. Observadores atentos registram que tudo começara em março de 2014, quando veio à luz a Operação Lava-Jato. Agora, em março de 2020, com o coronavírus, passamos pelo segundo momento. As localidades são meras questões geográficas. Cada povo vai aprender a lição que lhe convier. Se aprender. O Brasil entra agora na pior fase da doença num cenário internacional no mínimo exemplar. Os bons livros não se enquadram a pequenos grupos; quem os lê entende o recado específico para seu país.
O que mais nos preocupa é a falta de liderança do grupo que deveria nos guiar de maneira segura. Todavia, como até mau exemplo ensina, talvez nos caiba mostrar aos outros como os outros 'não devem' proceder. Temos de um lado governadores e prefeitos que defendem certos procedimentos; do outro, o presidente Bolsonaro e alguns membros de seu governo pensando de maneira diferente, como se estivéssemos em tempos e com tempo de medir forças.
O presidente contraria seu ministro da saúde quanto à necessidade do isolamento social; o ministro da Saúde quer que fiquemos em casa. O da Economia, apoia o presidente e quer que saiamos. O presidente decretou 'Calamidade Pública' em decorrência das medidas financeiras que precisa tomar. Até o nosso prefeito, Izaias Santana, fez o mesmo durante a semana, conforme reportagem publicada nesta edição.
A liberação de recursos emergenciais para os sem renda suficiente, provoca aglomerações condenáveis; trabalhadores privados querem sair, mas funcionários públicos querem ficar em casa. Neste cenário, a população se sente insegura.
No início, com a Lava Jato, surgiu a liderança incontestável na figura do então juiz (hoje ministro de Bolsonaro) Sérgio Moro; esta segunda fase está revelando Luís Henrique Mandetta. A Justiça mandou reter R$ 3 bi do fundo partidário. Sorrindo a classe política oportunista não está. Quanto a nós, nem pensar em sair na rua em protesto; #FiqueEmCasa.
É a nossa opinião.
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