Projeto também pede o reconhecimento da montadora como sendo de interesse estratégico para a região.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região protocolou na Câmara Municipal de Jacareí uma proposta de projeto de lei para proibir o encerramento das atividades da Caoa Chery na cidade. O documento deu entrada na Casa Legislativa na segunda-feira (9).
De acordo com a entidade, o projeto também pede o reconhecimento da montadora de origem chinesa como sendo de interesse estratégico para o desenvolvimento da região. "Cobra, ainda, a exigência de contrapartida aos benefícios tributários recebidos pela montadora na sua fase de implantação, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
Além das 480 demissões previstas, o fechamento da fábrica levará a perda de R$ 53 milhões anuais em massa salarial, segundo levantamento realizado pelo Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos, o Ilaese.
JUSTIFICATIVA
O argumento da empresa para o fechamento da fábrica é a retirada de linha do modelo Tiggo 3X e a importação dos modelos Arrizo 6 e Arrizo 6 Pro, que antes eram fabricados em Jacareí. A montadora argumenta ainda que a unidade passará por uma modernização para a produção de carros elétricos, que começaria apenas em 2025. O Sindicato defende que a produção do Arrizo deve permanecer em Jacareí.
REUNIÃO
Representantes do Sindicato e da Caoa Chery reuniram-se nesta terça-feira (10), às 14h, para discutir a situação dos trabalhadores da fábrica em Jacareí. Ainda não há informações sobre o que foi decidido nesse encontro.
Antes da reunião, o Sindicato informou que levaria para a mesa de negociação a proposta de licença remunerada e layoff com estabilidade no emprego, já aprovada pelos trabalhadores.
Uma nova assembleia acontecerá nesta quarta-feira (11), na subsede da entidade, em Jacareí, às 8h, quando será apresentado oficialmente o resultado da reunião.