Em outra ação, oito acusados de tráfico de drogas foram presos e 100 kg de cocaína apreendidos.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou que as duas operações se interligam e têm como alvo combater a criminalidade na região central:
"Quando a gente estuda quadrilha ilícita, você tem o roubo de celular, a receptação, a extração de dados e golpes via pix e o envio desses aparelhos para outros países. E o que fomenta isso? O tráfico de drogas. Tudo está conectado", ressaltou.
O suspeito de receptação preso é natural da Guiné-Bissau, na África. Durante a prisão, 312 celulares foram apreendidos. Desses, 64 aparelhos estavam com queixas de roubo e furto.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, o grupo comandado pelo acusado extraía os dados digitais dos telefones, cometia golpes e, em seguida, enviava os aparelhos para revenda em outros países.
Os policiais já investigavam roubos de celulares em que as vítimas foram mortas ou gravemente feridas. Durante as apurações, os investigadores prenderam os autores dos crimes e outros receptadores que identificaram o suspeito preso nesta terça como o maior receptador de celulares do país.
Ele foi detido em cumprimento a mandados de busca e apreensão em dois imóveis na região central de São Paulo. A polícia encontrou mochilas com celulares e computadores ligados, com aparelhos conectados por cabos. A estrutura era utilizada para o desbloqueio dos celulares e acesso a dados das vítimas.
CRACOLÂNDIA
Em outra frente, a polícia fez uma operação na Cracolândia e prendeu oito acusados de tráfico de drogas. Com um deles, que já tinha passagem por roubo e receptação, foram apreendidos 100 quilos de cocaína.
Outro acusado ligado a uma facção criminosa é suspeito de liderar a venda de drogas na região, impondo regras aos outros traficantes. "O homem usava peruca para se disfarçar na multidão, mas foi identificado pela polícia civil e preso", explicou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
A pasta também informou que dois acusados de sequestro foram presos pela participação de um crime cometido no dia 14 de junho. Eles também são suspeitos de coagir outras vítimas dos chamados "sequestro pix".
A pasta informa ainda que, só neste ano, a Divisão Antissequestro atendeu 29 casos de sequestros pix, com 26 deles esclarecidos e 93 pessoas presas.