A montadora voltou a afirmar que não vai cancelar as 1.245 demissões realizadas nas três fábricas paulistas.
A segunda reunião de Mediação Coletiva de Trabalho entre a General Motors e os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, realizada nesta terça-feira (31), na Superintendência Regional do Trabalho, terminou novamente sem acordo.
De acordo com as entidades, a montadora voltou a afirmar que não vai cancelar as 1.245 demissões realizadas nas três fábricas paulistas. Sem o cancelamento, os sindicatos reafirmaram que a greve vai continuar. Um novo encontro ficou agendado para o dia 9, às 10h.
Na reunião, os sindicatos denunciaram o fato de a GM ter descumprido um acordo assumido na reunião do dia 27, na própria Superintendência do Trabalho. A montadora havia se comprometido a suspender o pagamento das verbas rescisórias de todos os demitidos para que se prosseguissem os diálogos no encontro desta terça (31). O compromisso está registrado em ata, mas o pagamento já foi depositado.
Ainda de acordo com os sindicatos, antes disso, a empresa havia quebrado os acordos de layoff assinados com os sindicatos de São José e Mogi, garantindo estabilidade para todos. Mesmo assim, realizou demissão em massa.
Existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que, antes de realizar desligamento coletivo, qualquer empresa deve abrir negociação com o sindicato da categoria. "Em nenhum momento a GM se reuniu com os representantes dos trabalhadores para buscar alternativas às demissões", afirma as entidades.
Os sindicatos afirmam que irão cobrar o Governo Federal para que exija da GM o cumprimento dos acordos e respeito à decisão judicial.