Cardiologista aponta quais são os sinais de risco mais comuns para urgências e reforça importância de agir rapidamente.
Figurando o topo das principais causas de óbito no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam cerca de 17,7 milhões de pessoas todos os anos. No Brasil não é diferente, conforme apontam dados do cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Somente em 2022 já foram registradas mais de 290 mil mortes por enfermidades do coração.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que entre as principais doenças, que fazem parte dessa estatística, estão o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O cardiologista Antônio Carlos Babo Rodrigues, que atua na Emergência do Hospital Municipal Evandro Freire (CER Ilha) no Rio de Janeiro, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos 'Dr. João Amorim' em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, destaca que, para combater esses altos índices, é fundamental promover ações de prevenção junto à população, estimulando a importância de adotar hábitos saudáveis e realizar acompanhamento periódico para diagnósticos precoces. No entanto, quando o problema já está instalado, é necessário um trabalho intenso de conscientização para identificação de sintomas e busca por atendimento de emergência o mais rápido possível.
"Em casos de crises hipertensivas, arritmias cardíacas, doenças isquêmicas do coração, Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e paradas cardiorrespiratórias, o atendimento imediato e de forma adequada fará toda a diferença no desfecho desse paciente", reforça.
SINAIS E SINTOMAS
O médico frisa que urgências cardiovasculares podem apresentar sintomas diferentes. Ainda assim, é possível perceber alguns sinais de alerta que indicam que algo não vai bem com o coração: tensão arterial elevada; dor no coração; náusea e mal-estar; suor excessivo; alteração no estado da consciência; tontura; cansaço extremo (fadiga); palpitações, principalmente se acompanhadas de intenso cansaço; dor súbita extrema no tórax ou no abdômen.
Dr. Rodrigues salienta que estar atento a esses sinais e acionar a emergência médica é crucial e esta ação deve ser imediata. Cerca de metade dos óbitos acontecem antes do paciente receber o atendimento.
"Nesses casos, um minuto pode salvar a vida de alguém, por isso também orientamos que pessoas com problemas cardíacos pré-diagnosticados e seus familiares ou cuidadores mantenham o contato de emergência de rápido acesso para evitar qualquer demora no atendimento", finaliza.