Por Redação em Domingo, 16 Outubro 2022
Categoria: Geral

Realização de exames regulares permite diagnóstico precoce do câncer de mama

Oncologista explica que cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos de idade. 

O 'Outubro Rosa' é o mês para reforçar o alerta para a importância da detecção precoce para o câncer de mama. "O diagnóstico no início da doença é fundamental para alcançar bons resultados no tratamento. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos de idade e, por isso, é importante exames regulares nessa fase da vida", orienta o médico Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal.

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento seja ofertada para as mulheres entre 50 e 69 anos de idade, a cada dois anos. A orientação é para pacientes que não apresentam sinais nem sintomas suspeitos.

"Em aproximadamente 90% dos casos, a própria mulher nota a presença de nódulos no seio, que é a principal manifestação do tumor. Nessas situações, é indispensável procurar um especialista para um diagnóstico mais preciso. Nem sempre um nódulo representa a presença de um tumor", esclarece o oncologista. "É muito importante cuidar da saúde para reduzir os fatores de risco como obesidade e sobrepeso, sedentarismo e consumo de bebida alcoólica", afirma o especialista.

Segundo o pesquisador, os fatores hereditários também devem ser levados em consideração: "Nesses casos, os testes genéticos podem indicar se a mulher tem predisposição para um diagnóstico futuro de câncer de mama. O exame vai permitir adotar medidas preventivas para evitar a doença e até mesmo para um diagnóstico precoce", reforça.

O oncologista ressalta que novas abordagens, com melhores respostas, têm sido aplicadas para o tratamento do câncer de mama. "Os tradicionais tratamentos com cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem estar aliados ou até substituídos pela hormonioterapia e a terapia alvo. Os resultados têm sido bastante positivos", completa. 

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