A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza o rastreamento desse tumor a partir dos 50 anos de idade.
Terceiro tumor oncológico mais frequente no país - deve responder por 6,5% dos registros para o período de 2023-2025 -, excetuando-se o câncer de pele não-melanoma, o câncer de cólon é a doença que afetou o ex-jogador Pelé, que passa por tratamento. A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza o rastreamento desse tumor a partir dos 50 anos de idade.
"O diagnóstico precoce é imprescindível para o sucesso do tratamento em qualquer caso de câncer. Para este tumor oncológico, podemos alcançar 95% de chances de cura se detectarmos a doença no seu início", explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Também conhecida como câncer colorretal ou câncer do intestino grosso, essa doença se desenvolve a partir de pólipos, inicialmente identificados como lesões benignas, que crescem na parede do cólon. "Pacientes com predisposição genética podem desenvolver o tumor, que é diagnosticado com maior frequência nas pessoas que não mantêm hábitos alimentares saudáveis", detalha o oncologista.
Segundo o médico, "evitar alimentos ultra processados e colocar no prato alimentos in natura são algumas orientações para a prevenção desse tumor". A prevenção passa também por manter a prática regular de exercícios físicos.
O oncologista explica que os sintomas do câncer de cólon podem ser confundidos com outras doenças. O paciente pode apresentar sangue nas fezes, alterações intestinais, bem como dor e desconforto abdominal. A perda de peso, sem motivos aparentes, pode ser outro sintoma. Segundo o médico, o tratamento depende de cada caso. "A melhor estratégia será definida pelo especialista e pode ser indicada a cirurgia, com a retirada da parte do intestino afetada", finaliza.