A presença das novas mutações do vírus no Estado preocupa os especialistas devido à alta taxa de contágio de algumas cepas
As informações foram apresentadas pela diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan, Sandra Vessoni, em evento realizado na segunda-feira (30) pelo ILP (Instituto do Legislativo Paulista) em parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo).
Entre as variantes identificadas de forma inédita, estão a B.1.1621.1, também conhecida como Copa América; a B.1.540; e a AY.3; com um, cinco e três casos, respectivamente.
A presença das novas mutações do vírus no Estado preocupa os especialistas devido à alta taxa de contágio de algumas cepas, como a própria Delta, que foi responsável pelo aumento de casos no Reino Unido.
Segundo Sandra Vessoni, apesar dos novos registros, a variante Gama ainda é a mais incidente em São Paulo, correspondendo a 85% dos casos, seguida pela variante Delta, com 3%.
No entanto, embora esteja longe de representar a maioria dos casos no Estado, a variante Delta vem se espalhando rapidamente, e já foi identificada em 13 das 17 divisões regionais de saúde, representando 100% das infecções na divisão regional de Registro; 61,54% na Baixada Santista; 56,41% em São João de Boa Vista; e 43,31% na Grande São Paulo. Enquanto isso a incidência da variante Gama, a mais comum no Brasil, tem diminuído.
Sandra Vessoni destacou a importância do monitoramento da variante Delta. "Nós entendemos que juntar essas informações é necessário para que a gente consolide a importância da inserção da Delta dentro do Estado de São Paulo. O que significaria essa inserção em relação ao aumento de internações e uso de leitos", falou.
Apesar do aumento do número de variantes, o Instituto Butantan constatou a redução da incidência de casos de coronavírus no Estado, visto que 14 divisões regionais de saúde apresentaram números menores de infecções se comparados à semana anterior. As outras 3 divisões registraram estabilidade nos casos.