Checkups anuais ajudam a detectar a doença no início. Mudança no estilo de vida colabora para melhoria da doença.
Doença que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, segundo Ministério da Saúde, a Hipertensão é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) – acima de 140/90mmHg. Em pleno crescimento, a enfermidade, que é uma doença silenciosa, perigosa e sem cura, atinge muito as mulheres brasileiras e é um importante fator de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio.
Lorena Faro, Diretora Médica e infectologista do Grupo Alliança Saúde, afirma que as mulheres apresentam alguns fatores de risco que vão desde as alterações hormonais, - devido uso de anticoncepcional e a chegada da menopausa -, ao estresse em que muitas são submetidas diariamente em grandes jornadas de trabalho e excesso de responsabilidade e conciliação de papeis. Com isso, os riscos para desenvolverem doenças como a hipertensão arterial são mais comuns que aos homens.
SINTOMAS
Os sintomas de pressão alta geralmente quando aparecem já está na fase mais avançada da doença. É preciso ficar alerta aos pequenos sinais que podem surgir e que indicam um quadro de hipertensão. Os principais sintomas vão desde tontura e enjoo, palpitações, visão embaçada ou dupla, dificuldade para respirar, sonolência; cansaço em excesso e sangramento nasal.
Dra. Lorena também alerta para a importância de check ups periódicos que incluam exames para detectar precocemente alterações de pressão.
"Mesmo sem ter sintomas, é importante a ida a um cardiologista para aferir a pressão, que deve ser feita em diferentes momentos, segundo a nova diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e fazer exames complementares, como o eletrocardiograma, exames de sangue e, quando necessário, o uso do holter de pressão arterial", explica.
Esse exame é também conhecido como monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA), utilizado para investigar os níveis de pressão arterial do paciente, monitorando oscilações e picos de hipertensão. "Quanto antes a doença for diagnosticada, mais cedo o tratamento é iniciado", reforça a especialista.
O tratamento da doença pode ser feito tanto por via medicamentosa ou não medicamentosa. Na segunda opção, o paciente é instruído a mudar o estilo de vida, ou seja, praticar atividade física, evitar bebidas alcóolicas, refrigerantes, frituras e alimentos com muito sal. Além disso, é recomendado diminuir a quantidade de carne vermelha e doces.