Por Redação em Sábado, 05 Novembro 2022
Categoria: Geral

Da escravidão infantil para uma das juristas mais bem pagas do País

Livro de advogada mostra como ela saiu da extrema pobreza e transformou a sua vida por meio dos estudos.

Lançado em julho na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, o livro 'Dos pés sujos de barro aos sapatos de solados vermelhos', publicado pela Literare Books International e escrito pela advogada Naíle Mamede, descreve o angustiante cotidiano de uma paraense castigada pela pobreza extrema, escravidão infantil e violência doméstica.

A história da autora se mostra atual, e não apenas para o povo paraense. Lamentavelmente, o Brasil ainda registra milhões de pessoas que vivem sob a marca da fome, da violência e do trabalho precoce. É o que mostra o estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), onde 61 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldades para se alimentar entre 2019 e 2021; 15 milhões deles passaram fome.

O livro da advogada relata como ela saiu desta estatística e transformou a sua vida por meio dos estudos, determinação e força de vontade. Uma obra emocionante e inspiradora.

Mamede saiu aos nove anos de uma aldeia às bordas do estado do Pará, em plena Amazônia, que até hoje não existe no mapa. Passou fome. Chegou a comer barro para evitar a fome. Foi para Belém com a promessa de ser babá e virou uma escrava infantil.

A duras penas, formou-se em Direito e seu primeiro escritório foi em uma praça pública e de lá ganhou o mundo. Uma trajetória de vida real, que mostra o poder de uma mulher corajosa, determinada, visionária e sensível. Uma generosa contribuição à sociedade ao dividir os relatos dos seus processos de escravidão infantil e violência doméstica até seu apogeu.

O livro tem sua renda 100% revertida para as entidades filantrópicas: ONG Jardim das Borboletas, Fundação Rotária e Criança para o Bem, e é possível encontrá-lo nas principais livrarias físicas e plataformas digitais, além da loja virtual da editora. 

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