Espetáculo pode provocar tremores, latidos e tentativas de fuga, já que a audição dos pets é bem mais sensível que a dos humanos.
"Durante eventos que envolvem esse tipo de comemoração, muitos pets se sentem ameaçados e podem reagir com tremores, latidos excessivos, tentativas de fuga ou busca por esconderijos. Esses comportamentos resultam em danos ao próprio bichinho ou exposição a situações perigosas, como atropelamentos, caso tentem fugir do barulho", explica Thiago Teixeira, diretor-geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.
Tendo em mente os períodos de festa que envolvem fogos de artifício, é importante que os tutores adotem medidas preventivas para evitar danos. Isso inclui criar um ambiente seguro em casa, proporcionando áreas confortáveis e familiares para os pets se abrigarem. O uso de música suave ou ruído branco pode ajudar a minimizar os sons externos.
Consultar um veterinário sobre opções de tratamento para a ansiedade, como medicamentos ou terapias comportamentais, é outra abordagem a se considerar. Além disso, identificar o nível de desconforto do animal e agir de acordo pode fazer a diferença. Em alguns casos, a simples presença do tutor pode ser reconfortante.
Treinamento anti-estresse para pets
Treinamento anti-estresse para pets
Além dos fogos de artifício, os pets podem se sentir estressados em situações que fogem ao normal, como a chegada de novos membros na família, morte dos tutores, mudanças de rotina e até mesmo o tédio. Para ensiná-los a lidar com condições adversas, a empresa acaba de lançar um programa de treinamento.
"É uma iniciativa que busca condicionar os pets para lidar com situações estressantes, incluindo o barulho dos fogos de artifício. Nele, utilizamos técnicas de dessensibilização e reforço para ajudá-los a associarem esses ruídos a experiências positivas, diminuindo assim a ansiedade", detalha Thiago.
Durante o treinamento para dessensibilização ao som de fogos, os especialistas utilizam de áudios e vídeos reproduzidos em caixas de som, iniciando em um volume no qual os pets não demonstram sinais de medo e aumentando gradativamente, ao longo dos dias.
"Durante o treino, são oferecidos estímulos positivos, como comida, petiscos, brinquedos e carinho, de modo a parear o som com estímulos prazerosos e, assim, diminuir a resposta de medo no momento dos fogos nas festas de final de ano. Além disso, é possível identificar durante o treino quais animais têm mais sensibilidade ao som, demandando assim um acompanhamento mais minucioso pelos tutores", esclarece Marina Meireles, médica veterinária comportamental responsável pelo trabalho.