Atualmente, qualquer ideia que possa gerar discussão, por pequena que seja, periga descambar para o terreno político-partidário.
Prefeitos desta região preveem que não será fácil, neste ano eleitoral, uma retomada nas intenções das cidades de trabalharem unidas no enfrentamento de problemas comuns. A missão que foi primária do extinto CODIVAP, agora está a cargo da AMVALE – Associação de Municípios do Vale do Paraíba; questões burocráticas.
Convém não arriscar. Atualmente, qualquer ideia que possa gerar discussão, por pequena que seja, periga descambar para o terreno político-partidário e adquirir dimensões incontroláveis. Dispensa comentários a verdadeira arena em que se transformou o polarizado cenário político nacional. Felizmente, o espírito regionalista inato é imune a tais adversidades, e em vários momentos se mostra imune às baixarias.
Um exemplo foi o aniversário de 255 anos, na última quarta-feira (27), de uma das mais importantes cidades interioranas do país, e a principal do grupo, São José dos Campos, festejado pela maioria delas, sem que a marca regional fosse ofuscada. Num dos cumprimentos, três prefeitos, Vitão, Casquinha e Piriquito (escrito com "i" mesmo), – respectivamente das cidades de Paraibuna,
Jambeiro e Aparecida – marcaram presença durante mais de uma hora numa emissora de TV regional, para cumprimentar a cidade e também defender cordialmente soluções de problemas regionais comuns. Apesar dos nomes de 'RG', Victor Miranda, Carlos Alberto de Souza e Luiz Carlos Siqueira, fazem questão de ser chamados pela forma que mais os identifica com a população.
Como na vida nada é pleno de sucesso, é bom ficar em alerta para casos opostos. Em outra realidade, o Vale do Paraíba também registra tendências em sofrer uma das 'pandemias' nacionais: o de obras não concluídas. Há cerca de 15 anos, a Praça dos Três Poderes, antes a mais bonita de Jacareí, ostenta um medonho esqueleto de obra inacabada de ampliação do Fórum, que pichadores amenizaram a feiura total; o esqueleto da tão esperada terceira ponte sobre o Rio Paraíba, estourou previsões de término, e agora se fala em paralização da obra de quatro andares com esqueletos já erguidos. Convém rezar.
É a nossa opinião.