É evidente haver uma intenção disfarçada - certa ou errada - em prolongar o atual estado de coisas indefinidamente
Tudo nos leva a desconfiar da existência de uma entidade celeste bem-humorada cuja missão é gerenciar o Brasil. Levantamento da Secretaria de Apoio Social ao Cidadão de São José dos Campos mostra que apenas dois dentre dezenas de moradores de rua foram contaminados pela pandemia da Covid-19. Houve um terceiro migrado de Mogi das Cruzes que chegou com a doença aumentando para três o número dos infectados: mortos, zero.
O destaque é esse grupo social ser penalizado pela falta de medidas protetoras básicas como ficar em casa (!) praticar hábitos de higiene e outras providências por demais conhecidas.
Sabemos que o número da violência doméstica aumentou com a família recolhida dentro de casa; as aulas foram imensamente prejudicadas com a perda deste ano letivo, não bastasse nossa alta deficiência no ensino em comparação com o mundo e outras 'injeções de medo' aplicadas sistematicamente nestes tempos.
Agora, brindam-nos com a suspeita de que a Covid-19 possa ser transmitida por alimentos: autoridades chinesas dizem ter encontrado partículas do novo coronavírus em asas de frango importadas do Brasil. Se for verdade ou mais um mecanismo sutil em represália pela iniciativa do país em comprar vacina russa, jamais saberemos. O certo é que muita gente, acreditando ou não, deixará de comer a asa ou o frango inteiro; 'por via das dúvidas...'
Vivemos um vale-tudo psicológico. É evidente haver uma intenção disfarçada – certa ou errada – em prolongar o atual estado de coisas indefinidamente.
Resta-nos a reação de proteger nossas forças físicas, morais e éticas, pois vem mais terror por aí com a proximidade das eleições. Precisamos de sabedoria e serenidade ao votar dentro de exatos 90 dias. Vamos eleger quem nos aponte soluções baseadas em princípios corretos. Se formos vulneráveis à enxurrada de notícias desencontradas, será o mesmo que decidir morar nas ruas para evitar o contágio.
É a nossa opinião.