Um fato exemplar no país: a adesão de mais pessoas aderirem ao uso de roupas de segunda mão.
Dentro do que se espera, nesta diminuição do que foi a pior fase pandêmica; da sensível melhora da situação política global; das possibilidades de voltarmos ao esperado equilíbrio social, é correto dizer que há sim razão para sonhar com dias melhores. É certo que uma recuperação plena não vai acontecer do dia para noite, mas já se pode seguramente detectar sinais de um começo significativo
Um fato exemplar: a adesão de mais pessoas aderirem ao uso de roupas de segunda mão. Iniciado de maneira ampla e corajosa pelas mulheres, com o uso de calças jeans rasgadas nas pernas, por exemplo, esta prática 'puxou' o uso de roupas usadas em geral. Quem pensaria nisto há pouco tempo?!
Resultado: houve aumento significativo dos 'brechós' em lojas de todos os tamanhos a preços muito baixos. Os resultados são de fazer inveja a magazines populares. Em Jacareí, por exemplo, existem mais de 60 brechós infantis, adultos, boa parte deles abertos em horários plenos. De uma sala comum na residência, a pontos próprios ou alugados, os brechós esparramaram-se pelo centro e vários bairros nos quais oferecem produtos a preços incrivelmente baixos.
Nesta época de desemprego e preços de roupas novas indo às alturas, fazer compras em espaços assim tornou-se um bom modo de gastar menos dinheiro com mais objetos e de favorecer tanto quem dispõe quanto que adquire uma roupa usada. Além disto, para muitos as roupas novas ficaram para uso em ocasiões especiais.
Muitas instituições sociais obtêm consideráveis receitas financeiras que lhes permitem arcar com várias despesas mensais obrigatórias, desde manutenção, água, energia elétrica até folha de pagamento.
Entidades respeitadas e atuantes na cidade como a JAM, Projeto Renascer, do Batuíra, e congregações religiosas diversas, recebem doações variadas e fazem as vendas que são muito concorridas nos dias de realização, além de serem uma espécie de distribuidores para brechós menores, porém de atividades exclusivas.
Um jeito brasileiro de reinventar-se.
É a nossa opinião.