No campo das ações, o ditador Venezuelano Nicolas Maduro mudava o mapa de seu país, anexando nele 74% o território da Guiana.
Em 24 de fevereiro fará dois anos que a Rússia invadiu a Ucrânia e deu início a uma guerra que se mostra longe de terminar. Movido pelo ódio, o grupo terrorista Hamas invadiu a faixa de Gasa, no Oriente Médio, no dia 7 de outubro passado, disposto declaradamente a exterminar judeus. O conflito que se desenvolve com violência máxima está longe de acabar.Até semana passada, olhávamos tristes esses dois conflitos, mas com a relativa segurança de que os milhares de quilômetros que nos separam daqueles teatros de horrores não nos atingem diretamente, e tocávamos nossa vida.
Na terça-feira (5), entretanto, novo desarranjo espalhou para bem mais perto de nós o 'bafo da violência mortal': por enquanto no campo das palavras e das ações nada ortodoxas, o ditador Venezuelano Nicolas Maduro mudava o mapa de seu país, anexando nele 74% o território da Guiana, país vizinho que afirma ser seu. Propunha, com isto, a criação batizada por ele do 'Estado da Guiana Essequiba.'
Isto poderia ficar no terreno das elucubrações tortas eleitoreiras (seu país tem eleições no ano que vem), não fossem as movimentações de tropas venezuelanas em direção à fronteira com a Guiana; de tropas brasileiras em direção à fronteira com a Venezuela, ilustrada pela declaração do Itamarati de que o Brasil não permitirá passagem por seu território ao país atacado. Esta permissão seria imperiosa, dada as péssimas condições de acesso direto Venezuela/Guiana. Estados Unidos e Inglaterra apoiam a Guiana; Rússia é parceira da Venezuela.
Como o atual Governo Brasileiro já se mostrara simpático a Maduro, não há exagero em sentirmos eventual 'encrenca à vista'. E não podemos esquecer que temos, a partir deste domingo (10) um falastrão a instalar-se no governo da Argentina - 'parede meia', conosco. Porém, diante do que foi dito, 'que venha o Javier Milei...'
É a nossa opinião.