Nas eleições, a causa animal é uma das que mais atraem não apenas no município, mas no país inteiro.
Muitos se lembram de um folclórico ministro brasileiro que em 1990 ficou famoso por declarar que 'cachorro também é ser humano'. Ele justificava o 'flagra' que levara ao transportar seu cão em um carro oficial, ao levá-lo (o cão) ao veterinário, além de acrescentar outras despesas com o animalzinho em outros itens do ministério. Bons tempos aqueles: virou piada antes das redes sociais.
O fato vem à lembrança neste momento político conturbado em que cerca de 500 casos de violência são registrados às vésperas das eleições nos 5.570 municípios brasileiros. Mortes, agressões, cadeiradas e incontáveis número de injúrias pessoais contra adversários. E, infelizmente, Jacareí não foge regra.
Surpreende também a quantidade de palavras ou atos ofensivos de candidatos que usam tais recursos contra outro concorrente, apostando que a vítima seja totalmente desconhecida do eleitorado.
Na média geral, a cidade de Jacareí pode ser classificada 'eleitoralmente tranquila' perto da maioria dos que abastece o noticiário 'político-baixaria'. Não houve cadeiradas, mas os xingamentos e/ou ofensas pessoais entre candidatos surgiram em profusão, especialmente nos debates, e lives realizadas pelo Diário de Jacareí.
A principal queixa está sendo de 'invasão identitária': partidos cujos candidatos não se enquadram muito claramente em propostas e 'colam' nas dos outros. Neste grupo, sofrem os defensores das causas femininas, da proteção e amparo aos animais, dos cuidados com a Saúde e do acesso à Educação de qualidade, dentre outras propostas.
A causa animal é uma das que mais atraem não apenas no município, mas no país inteiro. Uma política que milita há mais de duas décadas nessa faixa queixa-se da falta de critério para que um candidato adote essa 'bandeira'. Segundo ela, 'não tem sentido dizer que protege animais e come a carne deles; o maior valor a ser protegido é a vida', comenta; 'eu não mato nem inseto', enfatiza. Ela acha que há muito exagero e despreparo na dedicação aos chamados 'pets' que prolifera por aí, embora sejam ótimas companhias para qualquer um de nós; ainda bem que não os classificam de seres humanos', conclui.
É a nossa opinião.