A tudo isto, a maioria assiste como se o problema também não lhe dissesse respeito
Não passa pela cabeça de ninguém que um dono de banco resolva nomear um grupo de pessoas para gerenciar o estabelecimento. E, feito isto, largue tudo na mão desse grupo e vá cuidar de outra coisa, sem querer saber como seu banco está sendo administrado.
Por mais piada e fora de propósito que parece tal comparação, fazemos parecido a cada dois anos nas diversas eleições que acontecem no Brasil. Achamos graça que muita gente nem se lembra em quem votou recentemente para deputado, senador ou vereador. A intenção é essa mesmo, que o eleitor não se lembre.
Aliás, as eleições são a cada curto período para que o perdedor de um cargo em uma tente 'ganhar' outro na próxima. Infelizmente. Vimos isto com Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann e tantos outros perdedores, em 2018.
Por uma ação talvez do destino, farto de ver tanta bandalheira impune, a manobra gorou. Só falta uma voz vinda do Céu a bradar: "viu o que vocês fizeram com a cantada alienação política?"
Em Jacareí, parte dos esforços da atual administração está sendo usada para pagar antigas dívidas, tapar buracos orçamentários, tirar obras do papel e lidar com a falta de funcionários para cobrir o pessoal demitido contratado irregularmente.
A tudo isto, a maioria assiste como se o problema também não lhe dissesse respeito. Enquanto em âmbito nacional um grupo procura mostrar que 'a Lava Jato' jamais existiu, em âmbito doméstico tenta-se apagar obras do Turi, criação de cargos públicos de nomenclaturas inexistentes, irregularidades na Pró-Lar e atos assemelhados.
Se existe um benefício que as redes sociais proporcionam a nós munícipes, é mostrar que a vontade popular é que deve prevalecer numa democracia, como aconteceu em 2018. E alertar que só mostrar, não basta. Vêm aí as eleições municipais de 2020. Hora de acordar.
É a nossa opinião.