Por Redação em Sábado, 23 Julho 2022
Categoria: Editorial

É hora de um 'basta!'

O que ambos os lados não previram, ou parece não perceberem, foi o resultado que essa balbúrdia insana provocou.  

A troca de 'pedradas' entre as militâncias que polarizam a corrida eleitoral no Brasil já cansou o cidadão que vota. Infelizmente, isto pouco tem adiantado; as agressões mútuas continuam a desafiar a paciência de quem, de fato 'o poder emana', segundo a Constituição brasileira. Na quarta-feira (20) houve clara demonstração de que está sendo assim.

Em contraponto às repetidas afirmações, de um lado, segundo as quais as urnas que servirão para votação em outubro são 'inauditáveis', por isto não merecedoras de confiança, outro grupo repete – tal qual um disco quebrado – que 'o sistema eleitoral brasileiro é exemplo para o mundo', pela 'confiabilidade que apresenta'.

Exageros eleitorais (e até desesperados) sempre existiram, mas vivemos o momento em que uma espécie de 'cegueira da moralidade' contamina geral. Os maiores organismos da República promovem trocas de farpas como se o destino de 220 milhões de brasileiros não merecesse qualquer respeito. Ao invés disto, a grande insistência dos opositores de todos os níveis é a de que o atual presidente saia do cargo mesmo antes dos poucos meses de mandato que lhe restam.

Na citada quarta-feira, um dos maiores jornais do país chamou, na primeira página, o presidente da república de 'golpista', e conclamou no editorial que 'isso tem de acabar'. No mínimo deu o tom escancarado de como serão as manifestações dos próximos 70 dias que restam de campanha eleitoral.

O que ambos os lados não previram, ou parece não perceberem, foi o resultado que essa balbúrdia insana, que já dura certo tempo, provocou: Um número consideravelmente grande de eleitores, antes indiferentes aos enredos politiqueiros, acordou para a necessidade de democraticamente tomar partido quanto a importância de colocar as coisas nos eixos.

É hora sim dessas heroicas vítimas da cobiça desenfreada dos inimigos da República darem um 'basta!', assumir a responsabilidade que lhes cabe e programar um troco bem dado nas urnas. Confiáveis, esperamos.

É a nossa opinião. 

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