As redes sociais mostram-nos os tantos apelos raivosos dos adeptos do ódio a quem pensa diferente.
A semana que passou comprova antiga realidade que o mundo não leva muito a sério mesmo diante de evidências: 'a história se repete'. No sábado (13), nos Estados Unidos da América, Thomas Crooks, um jovem de 20 anos, atentou com um tiro de fuzil contra a vida de Donald Trump, que discursava como candidato à presidência daquele país, durante um comício em Butler, na Pensilvânia. O tiro atingiu de raspão e o atirador foi morto na reação policial.
O ato mostra a que ponto chega a cobiça humana pelo poder no planeta. Tivemos recentemente na América Latina eventos semelhantes, e ao longo do tempo no próprio Estados Unidos.
No Brasil, o episódio deu a Crooks o título de 'Adélio Bispo americano' (o da facada em Bolsonaro na campanha de 2018), e no geral discute-se mais os possíveis efeitos do atentado nas votações para Trump ou seu adversário no pleito de novembro.
A real tragédia está em não sabermos o que leva um jovem a fazer o que fez (também foi preso nas imediações outro rapaz portando um fuzil); no Brasil, não se questiona quem pagou os caros advogados que defenderam o citado Adélio, etc..., etc...
A candidatura do ex-presidente Trump, que já vinha bem pelo desempenho ruim do principal adversário, o atual presidente Joe Baden, ganhou visível dinamismo após o atentado; para os adeptos isto basta.
O atirador americano pode ter tido violenta explosão de impotência perante algo que o flagelava e nada podia fazer para superá-lo. Fosse o que fosse tem obrigação de focar no problema aquele que compete resolvê-lo. Logo não haverá guarda-costas suficiente para alvos das futuras eleições. As redes sociais mostram-nos os tantos apelos raivosos dos adeptos do ódio a quem pensa diferente. Basta uma oportunidade para ativar os 'Adélios' ou 'Crooks' que cultivam em si.
Nosso país terá eleições em outubro. Do estilingue ao fuzil (esperamos) nada de armas.
É a nossa opinião.