Como diria Caetano Veloso nos tempos do tropicalismo: 'estamos próximos do fim da pandemia; ou não'. Esperamos que sim.
Com certeza, se o 'fique em casa' serviu para alguma coisa. Talvez para fazer com que os brasileiros se ligassem mais em política de governo deste país em que vivemos. E se houve alguma 'segunda intenção' com o deixar-nos em casa, usarmos máscaras até mesmo em casa em certas circunstâncias, aumentarmos nossos cuidados com higiene pessoal, foi outro fator positivo que nos rendeu dividendos.Esses questionamentos nos vêm sempre que assistimos ao jamais imaginável em âmbito governamental: a confusão armada nos meios políticos sobre qualquer assunto que possa refletir no resultado das eleições marcadas para o próximo ano, como podemos exemplificar:
A falta de uma unidade nas determinações para evitar contaminação pela Covid-19 prejudicou, segundo as pesquisas em presidenciáveis tidos como fortes, como o governador João Dória (PSDB), de São Paulo, por exemplo; as atitudes incompreensíveis e demonstrações de poder do Judiciário desgastaram a imagem do maior tribunal do país, o STF. Tentativas de impedir a governabilidade do presidente da República, colocaram em xeque o discurso populista de partidos de oposição e, a mais cruel de todas, a confirmação de que há muitos políticos capazes de aproveitar a desgraça de seu povo para roubá-lo abertamente.
Como diria Caetano Veloso nos tempos do tropicalismo: 'estamos próximos do fim da pandemia; ou não'. Esperamos que sim. Afinal uma Rua 25 de Março (SP) não congestionada de gente num dia de "Black Friday" como na última sexta-feira (26) nos torna ainda mais preocupados sobre o que nos espera.
Pior, que o contrário também assusta: apesar de a realização ou não do Carnaval ficar a cargo das prefeituras, percebemos que muitos prefeitos não se entusiasmam com a ideia: já aprendemos que um elevador lotado é uma aglomeração de oito pessoas; uma partida de futebol de várzea pode não ser aglomeração de 50, mas um ônibus é. Viu? Ficar em casa abriu nossos olhos; ou não?!
É a nossa opinião.